14 Out 2009 @ 10:14 PM 

Uma brasileira ofendeu aos portugueses. Carago! Eu tenho dupla nacionalidade. O que devo sentir? Vergonha ou ofensa?

Pensei, pensei e pensei. Concluí então que não devo sentir nada, somente indiferença. Ela, a brasileira, é uma pessoa maior, vacinada, independente e livre. Disse o que disse porque quis e não me consultou antes de dize-lo. Da mesma forma disse-o por estupidez própria e, por ser completamente estúpido, não pode me ofender.

Se eu fosse me envergonhar e/ou me ofender com as coisas que dizem todos os estúpidos que indiretamente me afetam, não faria outra coisa na vida. Dar ouvidos e razão a estúpidos não é um esporte que me atraia.

Ouvir (ler) as reações estúpidas de portugueses a estupidez da brasileira e me ofender com isto, da mesma forma estaria a dar ouvido a estúpidos.

Portanto: + d 100 comentários.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 17 Out 2009 @ 07:19 AM

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Categories: Nada, Pensando alto
 06 Out 2009 @ 11:43 AM 

Crianças congolesas com a mão direita amputada por um argumento qualquer

Crianças congolesas com a mão direita amputada por um argumento qualquer.

Vou passar a colecionar argumentos. Tem uns que colecionam selos, outros moedas, chaveiros, borboletas, Candida Albicans, etc. Eu colecionarei argumentos.

Talvez não seja nem tão original assim. Acredito que os advogados e os políticos sejam meros colecionadores de argumentos. Mas eu tentarei fazer diferente.

Tentarei colecionar todos os argumentos contra e a favor dos assuntos polémicos de nossos dias, afim de te-los catalogados para ler no futuro e verificar se algum dia alguém chegou perto de ter razão. Principalmente sabendo que com o passar do tempo a discussão vai ficando inócua, irrelevante, transparente como os argumentos passados para os quais já se descobriram outros argumentos contrários.

O motivo da discussão em si não tem nenhum valor. O valor está no argumento, na eloquência, no discurso e, sobretudo, na vitória (vitória e derrota, mais uma forma com que a dualidade se apresenta).

Então, em assuntos como religião, holocausto, futebol, política (o que não é política?), aquecimento global, beleza, Microsoft, Linux, homem na Lua, etc, armazenarei numa memória eletrónica qualquer, porque não há massa encefálica que suporte tanta informação, e os guardarei, sejam eles contra ou a favor.

Não, nunca, pretenderei chegar a conclusão alguma, pois já percebi que ela simplesmente não existe. Mas o fascínio pela vitória das palavras (lembrando-me da descrição do dia do Juízo Final da Bíblia) proporciona argumentos e mais argumentos. Frágeis, sinceros, ignorantes, prepotentes, ambíguos, mentirosos, eloquentes, irrefutáveis, inegáveis, concupiscentes, irritantes, arrogantes, irrisórios, engraçados, inteligentes, inocentes, criminosos, incriminadores e indecentes.

São muitos, variam tanto quanto as intenções imediatas. A mesma pessoa pode argumentar de forma contraditória acerca do mesmo assunto, dependendo da intenção. Só não deve faze-lo para a mesma pessoa, se não vira maluco.

Diversas, muitas, milhões de pessoas podem dizer a mesma coisa durante muitos anos e aquilo estar, verifica-se no fim, absolutamente errado. Mas não esteve durante anos para todos aqueles. O que os faz errado é a vitória de outro ponto de vista defendido com, lá está, outros argumentos. Que pode criar por si só outros dogmas, outras verdades absolutas que se verificarão erradas no futuro. Mas estão sempre certas num determinado momento.

Argumentando-se encontra-se as razões até mesmo de Hitler, Leopoldo II, Чингис Хаан (Genghis Khan, para os íntimos), para quem se quiser. Se não houvesse argumentos eles simplesmente não existiriam. Se não lhes dessem crédito, ou se este crédito fosse medido como o outro, pelos bancos, talvez tanta desgraça não tivesse ocorrido.

Argumentos e mais argumentos. Guardarei-os todos que encontrar. Aliais, pensando bem, é mesmo isto que venho fazendo já há muitos anos. E não sou só eu. Uns fazem mais que outros. Uns tem mais cuidado na escolha e na fundamentação do que outros, mas todos colecionam, apresentam e defendem argumentos. Sejam eles quais forem. Sejam os assuntos quais forem. Tenham ou não relevância para nossa vida imediata. Mas são argumentos e mais argumentos.

Ainda não os coleciono, mas já começo a me fartar.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 06 Out 2009 @ 11:10 PM

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Categories: Pensando alto
 03 Out 2009 @ 6:14 PM 

Eu vivo sempre no mundo da Lua
Porque sou um cientista homeopata
futurista e lunático
Eu vivo sempre no mundo da Lua
Tenho alma de artista sou um génio
sonhador e romântico
Eu vivo sempre no mundo da Lua
Porque sou um aventureiro
desde o meu primeiro passo
no infinito
Eu vivo sempre no mundo da Lua
Porque sou inteligente
se você quer vir com a gente
venha que será um barato
Pega carona nesta cauda de cometa
ver a Via Láctea
estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
em um lindo balão azul
Pega carona nesta cauda de cometa
ver a Via Láctea
estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
em um lindo balão azul
Pega carona nesta cauda de cometa
ver a Via Láctea
estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
nosso lindo balão azul
Pega carona nesta cauda de cometa
ver a Via Láctea
estrada tão bonita
Brincar de esconde esconde
numa nebulosa
voltar pra casa
nosso lindo balão azul
nosso lindo balão azul
nosso lindo balão azul
nosso lindo balão azul

Guilherme Arantes

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 03 Out 2009 @ 06:14 PM

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Categories: Pensando alto
 01 Out 2009 @ 10:11 PM 

Ying Yang, o equilíbrioO ser humano, desde que toma alguma consciência do mundo que o rodeia, ainda na infância, tem sempre pelo menos uma coisa muito clara em sua mente: para tudo há um princípio e um fim.

O dia começa com o nascimento do Sol e termina horas depois. Todos os dias, inexoravelmente. E vemos isto, e tomamos consciência, mesmo que nisso não pensemos.A vida dos animais e das pessoas começam e terminam, nascimento e morte. Um beijo materno começa com o toque da sua boca na face do filho e termina com seu afastamento.  O prato de comida termina, o tempo termina, a sede, o frio, o calor, o banho, tudo, tudo começa e termina algures.

A complexa noção de não existência, existência e retorno ao nada, começa a se formar ainda em tenra idade, embora não sistematizada. E talvez seja mesmo isto que nos distingua dos outros animais. Talvez seja mesmo esta a chave para a compreensão de nossa inteligência: temos antes de mais nada a consciência do princípio e do fim. Não me parece que qualquer outro animal tenha a concepção do final das coisas, ou pense de onde ou como se originam as coisas. Tem-nas simplesmente, ou não as tem, mas não preocupam-se em sua existência, do princípio ao fim. Simplesmente tem-nas ou não.

E este é também o princípio do conceito dual que se reflete em tudo o que fazemos e pensamos. Considero isto um defeito nosso, pelo facto de que mais nenhum animal ter esta propriedade.

Se olharmos bem para tudo o que fazemos e pensamos, perceberemos que este conceito dual está sempre presente. E é isto que tentarei discutir aqui nesta série de postais sobre a dualidade.

O próximo que escreverei será sobre aquilo a que os cientistas sociais chamam de dualidade perfeita, que é a conceção do bem e do mal representados nas figuras de Deus e Satanás. Até lá proponho um exercício interessante de reflexão: tentem identificar onde está o princípio da dualidade na Economia, na escrita e na História.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 07 Nov 2009 @ 08:07 AM

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