28 Mar 2011 @ 8:18 PM 

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 28 Mar 2011 @ 08:18 PM

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 21 Mar 2011 @ 6:43 PM 

Acho que todos já percebemos que se por um lado, ao saber da inevitabilidade da entrada de ajuda externa no país, se calhar mesmo do FMI, o Governo tenta agora arranjar alguém para culpabilizar pela inevitável intervenção, o que seria para si, Governo, uma grande derrota, por outro não é difícil perceber que o maior partido de oposição esperava já há muito tempo pela oportunidade.

Se ao se anunciar que seriam postas agora em pratica algumas das medidas que ficaram de fora do acordo Catróga, o PSD faz todo este estardalhaço, como se já não soubesse que estas medidas tinham que ser tomadas (temos que obrigatoriamente lembrar que elas já foram anunciadas naquela época e recusadas pelo ex-ministro de Cavaco Silva), acredito que vemos todos aqui também uma enorme encenação do maior partido da oposição que, se calhar, até deixou algumas medidas de fora por saber fazer as contas, perceber que sem elas não seria possível o governo seguir em frente e, quando surgissem a frente, depois de Cavaco Silva ter tomado posse do segundo mandato, recusariam negociação e derrubariam o Governo, como já queriam naquela época mas não o poderiam fazer.

Se ao anunciar agora estas medidas com caráter de inevitabilidade sob pena de entrada do FMI no país, o que acarretaria em medidas muito piore, etc., o Governo sabe, sempre soube, que o PSD abriria a crise, talvez o fizesse exatamente para ter a quem acusar de ter aberto a crise e livrar-se do ónus de ter que assumir sozinho a culpa de ter levado o país a verdadeira crise em que se encontra que é económica. Já não é somente financeira como no passado. O cashflow está até a ser resolvido, embora a juros altíssimos mas… isso não é um problema imediato.

Porém, os políticos, sabem que a maioria dos eleitores não vai ler o meu blogue. Sabem que a maioria das pessoas até vai acreditar nesta conversa de surdos, retórica pura, de ambos os lados e tomará sua decisão eleitoral em função do argumento que acreditar ser o mais eloquente, embora ambos não correspondam a verdade dos factos.

Gostaria de ver alguém falar abertamente disso dentre os intervenientes, embora o Pacheco Pereira já tenha dito alguma coisa da parte do PS no Último Quadratura do Círculo, mas deixou de fora a parte do PSD. Alias neste programa, estranhamente, os três habituais comentaristas concordavam com quase tudo que os outros diziam, envergonhados talvez da classe a que pertencem.

PS: Luis Amado acaba de dizer na TV que a lógica do interesse partidário está a se sobrepor à lógica do interesse nacional. E o Telejornal da RTP pela primeira vez afirma que são as mesmas medidas recusadas no acordo Catróga.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 21 Mar 2011 @ 09:05 PM

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 17 Abr 2010 @ 12:18 PM 

Cavaco e os comedores de criancinhas na "Republika Cheka". deve ter ido se confessar intranquilo com o deficit português.Mas é que política aqui tem sido isto. Não vejo ninguém a propor soluções concretas para problemas reais que afligem a todas as pessoas. A única coisa que vejo são ataques pessoais, tentativa de desestabilizar ou retirar credibilidade aos governantes ou aqueles que pensem em governar. E de volta uns ataques contra aqueles que acusam ou mesmo contra os que apoiam.

Pessoas famosas deixarão absolutamente de declarar apoio político a A ou a B porque senão ainda é acusado de participar em lavagem de dinheiro ou outro tipo de contravenção. Por vezes funciona como foi com o Paulo Pedroso, acabada está a promissora carreira política vítima de especulação. Ou com Carlos Cruz que teve a vida vasculhada atrás de uma pisada na bola qualquer no passado para tirar força ao partido que ele apoiava. Até com o Figo! Ferro Rodrigues… Não respeitam ninguém! É como se dissessem “não te metas aqui que ainda sais chamuscado”.

E tem sido isso. Casos e mais casos. Freeport, submarinos, BPN, Casa Pia, TVI/PT (este então é ridículo, abrindo-se uma CPI (isso custa dinheiro? Não deveriam estar a gastar dinheiro noutra coisa?) para saber se o PM falou a verdade ou mentiu no parlamento ao dizer que não sabia do caso, na qualidade de PM),etc. Etc.

Cascudo! Tenho tirado o som da TV nos telejornais quando falam de política. Assim como tiro quando as notícias de esporte não falam de nenhum jogo em campo mas em problemas extra-campo. Ou quando ao invés de noticiarem a dimensão de uma catástrofe, preocupam-se em mostrar o detalhes dos mortos, ao vivo. Um mortinho que seja é mais importante que milhares de desabrigados. O que importa é o drama de quem se foi e não o dos que ficaram, sem casa, sem vida, sem nada. Quer dizer assisto ao Telejornal sem som.

Por que? Porque é ridículo! A política que se faz em Portugal é ridícula! Seja ela no parlamento, na FPF, na Liga de Clubes, na assembléia gerla de condóminos aqui do meu edifício! Fala-se em política e confundem imediatamente com perjúrio, acusação, enfraquecimento do indivíduo independentemente do resultado de seu trabalho. Ninguém está minimamente disposto a construir nada, mas sim em destruir a imagem daquele que tenta, ou bem ou mal, fazer alguma coisa objetiva.

Dizer que o PM está manso é uma ofensa ao homem por trás do PM e não ao cargo político. E o homem continua a ser humano, sempre, e como todos nós passível de todas as nossas sensações. Inclusive do erro. E da legitima vontade de mandar um gajo que te ofende ir para a puta que o pariu. E acredito que o façam em off. Errado ali não foi a resposta do José Sócrates, mas sim a câmera cuscando as suas palavras. O importante é a manifestação humana natural e não a cultural! Ridículo! É pouco, não tem importância.

Importante é o presidente checo querendo saber de Cavaco (que deve ter pensado que calmo era a tia do presidente checo, talvez até dito entre os dentes, mas ninguém filmou) como ele pode estar tão calmo com um déficit de 8% quando ele está a tremer com um de 5%! Quais as consequências para todos nós de um déficit desta dimensão? A tia do Louçã é mais importante que isto? Calmo é sinónimo de manso? Um povo de brandos costumes é um povo manso? O que o Louça queria ver acontecer na AR, a solução concreta de nossos problemas reais ou um PM manso? Qual a importância que isto tem, sem ser para o Louçã que provocou ao PM e disso ainda tentará, ou alguém tentará, fazer mais um caso político? Ridículo! E por ser ridículo, vira notícia!

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 17 Abr 2010 @ 12:35 PM

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 23 Nov 2009 @ 9:51 PM 

byteA inovação é como uma espécie de fantasma. Muita gente fala mas ninguém os vê. Ouve-se falar de quem viu, mas não nos conseguem mostra-los.

Na prática existem muitas medidas a serem tomadas de forma a enraizar a inovação nas pessoas comuns, de forma a que saibam operar com conceitos inovadores e compreendam o seu tempo de forma a poder transforma-lo no futuro.

E estas medidas devem ser tomadas com coragem política e social o mais rápido possível, vencendo o imobilismo causado pelo medo que a inovação provoca naqueles que se prendem ao passado como forma de manutenção de sua própria condição social, em detrimento da condição dos outros que vem depois deles.

E digo isto pensando em diversas classes profissionais, mas principalmente nos ligados ao ensino. De uma forma bastante marcante, e vejo isto nos meus quatro filhos, o conhecimento necessário a compreensão efetiva de nosso tempo, e do futuro imediato, demora muito tempo para chegar aos vulgares manuais escolares.

Estou a pensar numa conversa que tive com a mais nova aqui de casa, de 17, que apesar de dominar com fluência as noções de medidas abstratas de valores concretos como a distância, o peso e o volume, não tem uma ideia tão clara quanto a medida abstrata de um valor também abstrato como a medida da quantidade de informação. Sabe medir valores abstratos como o tempo mas não tem a necessidade de medir a luz, por exemplo, e isto é compreensível. Mas o byte é imprescindível compreender nos dias que correm.

Ela sabe perfeitamente bem o que é o metro, o quilo e o litro, para além das horas, minutos e segundos, mas só ouviu falar do que seja o byte. Não sabe que a vida prática dela em seu dia a dia, do telemóvel ao computador, da TV a cabo à Internet, é medida, e cobrada, em bytes. Não sabe qual a diferença entre um CD, um DVD e um BD (Blue-ray Disc, você sabe?), nem o que é comprimido pelo algorítimo de compressão que todos falam mas poucos sabem o que é, chamado de MP3.

Já fala em português, já arranha o inglês, mas nunca ouviu falar em Pascal, C ou Java. Nem sequer percebe que seu futuro passa necessariamente pelo domínio, nem que seja conceitual, destes conhecimentos. Não consegue imaginar que a solução industrial dos problemas sociais que se colocarão, e já se colocam hoje tanto ao capital quanto ao trabalho, num futuro muito próximo, já não serão resolvidos somente com o conhecimento embolorado de um passado muito, muito, recente.

E a capacidade industrial de um país passará obviamente pelo domínio destes conhecimentos por sua população.

Porém, quanto mais acompanho os estudos de minha jovem aprendiz, mais percebo que ela não deveria estar a estudar somente isto que estuda e que muito do que aprende já não tem quase utilização pratica.

É preciso inovar inclusive na educação, para se criar uma sociedade voltada para a inovação no futuro. Os conceitos básicos que já pertencem ao nosso tempo e que serão determinantes no futuro, tem inexoravelmente que ser absorvidos por nossa juventude. E falo como um brasileiro com nacionalidade portuguesa. É válido para os dois países.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 14 Set 2010 @ 10:32 PM

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 15 Out 2009 @ 5:10 PM 

Nós somospPrimatasEm complemento ao Marco “Bitaites” Santos, sobre um outro comentário seu, sincero e pessoal, num post provocatório, com comentários escabrosos que tratavam de racismos, xenofobias e mulheres bonitas, eu escrevi o seguinte que acho que se aproxima muito de um resumo daquilo que tento demostrar neste blog. Foi mais ou menos assim:

Ele afirmou isto: “Não sei há quanto tempo o Nelson Évora está cá em Portugal, sinceramente, mas deve ser há tempo suficiente para ter assimilado, e feito sua, a nossa cultura.” No que eu tentei complementar com o seguinte:

Marco, eu ainda iria um pouco além. Não existe propriedade sobre culturas. Não existe a nossa, a vossa ou a deles. Existe uma única cultura humana, impregnada aqui e ali com condicionantes específicas determinadas pela ação física do ambiente e por características históricas locais. Mas a cultura é eminentemente humana. Uma janela manuelina em Alcobaça é bonita, certamente, mas nunca será mais que uma janela. O túmulo de Cristovão Colombo em Sevilha é lindíssimo e impressionante, mas não serve pra mais nada além do que servirá o meu túmulo.

Todos temos o mesmo conjunto de necessidades básicas que nos motivam a reunir em nosso redor, enquanto indivíduo, o conjunto de propriedades e ferramentas que nos garantam antes de mais nada a vida. Percebemos, há milhões de anos, que atingimos mais facilmente nossos objetivos comuns reunidos em grupos sociais, a partir do momento que temos limitações físicas que nos impedem de caçar sempre que temos fome e que nossa principal fonte energética é a proteína encontrada principalmente na carne de outros animais.

Se fossemos herbívoros talvez tivéssemos desenvolvido asas, e não a língua e os blogues, e estaríamos por aí a cantar empoleirado em árvores, comendo apenas pequenos insetos que por lá passassem, de vez em quando. Mas nossa necessidade de proteína é maior que isto, o que gera a urgência de maior quantidade de carne, e água, o que nos obriga, já enquanto pequeno grupo, a determinar um território de caça com fronteiras bem definidas.

O ser da mesma espécie que ultrapasse as “nossas” fronteiras (e que pode vir a comer a “nossa” comida, beber a “nossa” água), e ainda mais se tiver alguma pequena diferença, nem que seja somente linguística, é automaticamente rechaçado. É eleito inimigo, sem se quer queremos saber quem é. A não ser que eles. “os invasores”, nos sirvam para alguma coisa, como os cães. Se eles, de alguma forma, nos proporcionarem benefícios, e enquanto os proporcionarem, viverão em paz conosco. Mas desde o momento em que nos passe a incomodar, voltam a ser inimigos e passam a ser alvo de ataques para que se afastem de nosso território. Caso sejam mais fortes, vamos nós é ter que procurar outro. Ou sumimos, mesmo que representemos uma rica civilização.

Mas, o processo de apropriação do território e determinação de fronteiras, e reunião de seres humanos comuns que se aceitam razoavelmente na mesma área de caça (*), é arbitrário. Homem nenhum é proprietário de terra alguma neste nosso planeta, cada vez mais pequeno, a não ser pelo que está escrito em papéis, que se desbotarão, se queimarão ou se perderão, com o tempo.

O único quinhão de terra a que o homem tem direito, enquanto indivíduo, e mesmo assim é provisório, é o espaço que seu corpo ocupa do nascimento até a momentos depois de sua morte. Mas, lá está, o próprio tempo se encarregará de mesmo este espaço funerário ser ocupado por outra coisa que já não será mais aquele indivíduo ali deixado, a não ser na lembrança dos que por aqui ficarem. E isto é verdade para qualquer membro da espécie animal, seja ele daqui ou dali, desta ou daquela cor, credo ou convicção política, legado, poder, força, etc.

Carrega toda a cultura humana a capacidade negra e africana, dos primeiros hominídeos pouco mais que chimpanzés (e a quantificação diz respeito ao desenvolvimento do neocórtex), de procurar e explorar este pequeno mundo em busca de satisfação. Já o fizemos com os pés no chão. Hoje o fazemos com a ponta dos dedos nos teclados e ratos. Mas continuamos a buscar a mesma coisa que o primeiro homem: nosso destino. E este destino comum é de todos, sempre foi e sempre será. Todos apodrecerão da mesma forma, na mesma velocidade e com o mesmo cheiro, independentemente da conta bancária, do sítio onde mora, da cor, da língua, do que for.

Mas continuamos a buscar dignidade, enganados achando que isto é proteína. Buscamos poder, achando que isto garantirá aos nossos entes queridos mais segurança e conforto, o que é o mesmo que dizer melhores condições de sobrevivência. Continuamos a acreditar que isto é melhor que aquilo e que assim seremos maiores e mais fortes que os outros, o que nos dá a ideia de estarmos mais próximos do sucesso. Somos tolos, fazer o que?

O Nelson Évora não é preto, não é português, não é nada além dele mesmo. Um indivíduo capacitado fisicamente a saltar mais longe do que a maioria dos outros humanos, o que já foi um handicap utilíssimo, principalmente quando se estava a fugir para salvar a própria pele. Handicap este tão admirado pelos outros humanos, que ainda hoje é premiado quem o tem.

Mas não é nada a mais, nem a menos, do que isto. Um primata de uma ordem específica, exatamente igual a mim ou a você. Temos é handicap diferentes, uns físicos outros intelectuais. Ainda bem. É exatamente esta diversidade que forma e enriquece a nossa cultura, que é de propriedade de todos os seres humanos do planeta.

Isto para dizer que é esta enganadora noção de propriedade da cultura, da terra ou da verdade que proporciona a distinção, os conceitos feitos a priori, a crispação, os ódios.

Sempre acreditei que seria a Internet a nos mostrar que não somos nada mais do que bits, 0s ou 1s, acesos ou apagados, vivos ou mortos. Espero ainda estar aqui para ver isto.

(*) que alguns chamarão de pátria, palavra derivada de patriarcado, que descende do grego pater, que significa pai ou dos pais, ou provedor da sobrevivência de seus filhos. A pátria é o próprio pai e mãe! Uma tradução livre de pátria seria mesmo a terra de nossos pais, aquela onde sempre vivemos e onde estºao enterrados a nossa família. O sentimento de propriedade da terra está intimamente ligada ao sentimento primário dos humanos, o amor dos pais.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 18 Out 2009 @ 10:38 PM

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 06 Ago 2009 @ 5:20 PM 

A distorção da formação de nossa compreensão da realidade, provocada pelo nosso envolvimento com a artificial civilização industrial, a que estamos inseridos, já chega a tal ponto, que somos capazes de fazer campanhas, e gastar dinheiro, em defesa de determinadas ideias, contra umas coisas e/ou a favor de outras, mas que ambas, na prática, são opiniões formadas em função de visões artificiais da realidade. Nada tem a ver com a nossa natureza humana, que se perde numa argumentação sem nexo.

Sei que esta é uma afirmação complexa e será de difícil demostração. Mas é isto que tentarei fazer a seguir. Sei que não conseguirei no âmbito deste postal. Serão ainda precisos muitos outros para demostrar com clareza, para resumi-lo em afirmações simples e objetivas. Mas é este, estudar esta afirmação, um dos principais propósitos deste blogue. Não chego agora a saber se a própria afirmação está bem formulada, mas para o propósito a que me destino neste momento, é suficiente.

Dinheiro é gasto em campanhas para que se deixe de comer carne animal e se passe a consumir somente vegetal. Ótimo. Não fossemos nós humanos, simultaneamente, carnívoros e herbívoros. A Antropologia nos ajuda a fazer esta última afirmação com um elevado grau de certeza.

Mas o caso que me chamou a atenção é uma exemplar ação de artificialidade civilizatória, pois carrega em sua mensagem diversas incoerências. Trata-se do caso da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals).

Uma das principais mensagens desta ONG, com mais de dois milhões de membros e apoiantes, sendo mesmo a maior organização que trata dos direitos dos animais no mundo, segundo o seu site (http://www.peta.org), é extremamente simples: Não coma aninais, seja vegetariano!

Perfeito. Bonito. Poético. Só que nós somos animais (também) e carnívoros! E para que se defenda aquilo que para eles é importante, os animais, direcionam para os vegetais o voraz apetite dos humanos que tem dinheiro para se alimentar.

Ok. Compreensível mas… por que? Terão os animais a quem eles defendem os direitos, mais direitos que as plantas? Sendo ambos seres vivos domesticados para nossa satisfação alimentar, uns tem mais “direitos” que outros? Aplica-se aos animais ou as plantas a artificial noção de direito, acima das leis da natureza, sob o qual nos organizamos?

Acredito que as plantas tem sentimentos, como provou Cleve Bacster, e comprovaram os MithBusters, e que sentem inclusive dor. Neste caso onde estaria a diferença entre os animais e os vegetais?

A exploração do erotismo feminino nas campanhas da PETA, não serão também tão criticáveis quanto a possível exploração dos animais para satisfação de nossa necessidade básica como eles apresentam?

Questões as quais tentarei responder mais tarde. Mas, para já, uma visão de uma outra organização social, destas a que nossa artificial civilização está cheia, contra a atuação da PETA. Com a palavra, as feministas.

Não me manifesto nem contra nem a favor de um ou outro ponto de vista. Estou tão somente a ler as opiniões. Ambas me parecem artificiais. Vejo o próprio direito como uma artificialidade necessária.

Mas acredito que se a PETA utilizasse o dinheiro que gasta nas campanhas contra o uso da carne animal e em defesa dos vegetarianos, com a alimentação, vegetariana que seja, dos que para isto não tem dinheiro, prestariam um serviço melhor a sociedade do que a Playboy tem prestado.


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Afinal ambos os argumentos, contra e a favor da utilização da carne animal na alimentação, são artificialidades inerentes a tal sociedade industrial que o Marcuse descreveu. E esta caríssima peça publicitária é mero marketing para vender mais alguma coisa para o consumidor. E fa-lo utilizando o erotismo, da mesma forma que a Kelloggs ou a HS. O objetivo é sempre o mesmo: vender necessidades que nós não temos.

A PATA, a PETA, a PITA, a POTA e a puta (que fique claro que não me refiro a Alicia, sendo isto só um trocadilho), tem todas o mesmo objetivo de vender alguma coisa pra gente.

Ok. O marxismo afundou-se nas experiências políticas do socialismo soviético, mas as boas ideias de justiça social devem ser resgatadas, preservadas e adaptadas a uma nova sociedade mais coerente. Só tentarei aqui dar o meu contributo para que isto aconteça.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 06 Ago 2009 @ 10:03 PM

EmailPermalinkComentários fechados em Terão os animais mais direitos que as plantas? Direito!? O que é isto?
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 04 Ago 2009 @ 11:31 AM 

Perpetuação do mana através de gerações“Entre os melanésios, força ou poder impessoal e sobrenatural que pode estar concentrado em objetos ou pessoas e que pode ser herdado , adquirido ou conferido.” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, )

“Entre os melanésios, o conjunto de forças sobrenaturais provenientes dos espíritos e que operam num objeto ou numa pessoa.” (Novo Dicionário Aurélio da língua portuguesa, 2ª edição)

“O Mana uma força impessoal que existe nas pessoas, animais e objectos inanimados e que instiga no observador um sentimento de respeito ou de admiração. Antropologicamente, mana é um conceito com um significativo interesse, já que é considerado frequentemente como o precursor de uma religião formal. O mana é comummente interpretado como a “substância da qual a magia é feita” além da substância que forma a alma.” (Wikipédia)

Esta poética definição da palavra “Mana”, encontrada no Wikipédia e que dá título ao postal, encontrei-a ao pesquisar na Internet sobre o fenómeno humano de adoração de pessoas. Eu estava a procurar a origem deste tipo de admiração (humana por outros humanos em carácter particular, mas sei que ela também pode se aplicar a animais, objetos inanimados, ícones, desenhos, etc), porque sempre que encontro pela rua este tipo de manifestação, que se exprime de diversas maneiras, interesso-me de forma particular, tentando compreende-la.

Todos temos diversas vezes na vida a oportunidade de presenciar momentos destes ao vivo (sem falar na TV que é quase que exclusivamente um instrumento de criação e destruição de ídolos), nos quais por vezes nós próprios estamos envolvidos como admiradores. Esta admiração pode proporcionar, como tudo na vida, tanto reações (cargas elétricas) positivas (amor, afeto, idolatria, etc) como negativas (ódio, ciúmes, inveja, etc). É-nos, por vezes, completamente impossível sermos indiferentes a determinadas pessoas, por mais que queiramos e/ou dizemos sê-lo.

Nos últimos anos, sempre que este tipo de manifestação ocorre na minha presença, passo a observar e a tentar analisar os indivíduos, compreender-lhes a razão. Tento verificar as suas particulares formas de manifestar a admiração. Tento compreender as intenções individuais e coletivas quanto ao objeto admirado. Encontro aí fonte inesgotável de inspiração de personagens e de credibilização psicológica destas mesmas personagens.

Percebo que a manifestação de admiração se produz em duas vertentes: a) na vertente imediata, uma vez que a comunicação se dá em primeiro lugar com os outros manifestantes, o que na esmagadora maioria das vezes é a única audiência de nossa manifestação; b) e na vertente secundária, está já no campo da imaginação, onde a comunicação de nossa admiração poder-se-ia se dar diretamente com o objeto admirado. Esta última, muitas vezes, em minha opinião, assume um carácter sexual.

Este é efetivamente o princípio básico da religiosidade humana. E este é um dos assunto que mais me desperta o interesse ultimamente, por que percebo com nitidez que a religião no futuro será uma coisa completamente diferente da que é agora.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 04 Ago 2009 @ 06:52 PM

EmailPermalinkComentários fechados em Mana, a substância da qual a magia é feita
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 28 Jul 2009 @ 6:52 PM 

É quando um IP da classe A, 10.9.18.163 por exemplo, diz a um da classe C, 192.168.100.254 por exemplo, que é melhor do que este porque, apesar de ter os seus valores nominais de cada byte mais baixos, pode agregar muitos mais IP em suas redes.

Isso faz com que um IP da classe A seja melhor do que o da classe C?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 29 Jul 2009 @ 08:36 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Luta de classes
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 25 Jul 2009 @ 12:06 AM 

Ontem, a seguir a primeira vez em que veicularam a informação da trágica consequência da aplicação de um medicamento no Santa Maria, a RTP incluiu uma peça, no jornal das 13:00 hs, que dava conta que 10% das internações nos hospitais portugueses acabavam mal, por erros médicos. Hoje, no jornal das 20:00, a seguir a uma notícia sobre o mesmo assunto, apresentou uma matéria sobre o tempo que um processo jurídico que tenha como objeto os erros médicos, que gira em torno de 10 anos. Para além das notícias acessórias que davam conta que já começam a politizar esta questão. Parece que já se chatearam com a ministra que elogiei a dias atrás.

Sob o meu ponto de vista, esta sequência nada inocente de notícias presta um excelente serviço de desinformação. Aberto inquérito no Hospital Santa Maria, para averiguar a ocorrência, parece que a RTP já tem a sentença em mãos, se calhar de uma “fonte” do hospital!!! E já julgaram que a origem do problema é erro médico, que isto acarretara a demissão do presidente da comissão de avaliação do Infarmed. Só falta concluir que a ministra da saúde deve pedir demissão e que o primeiro ministro vai perder as eleições que vem por aí.
O período eleitoral é sempre o mais profícuo na criação absurda de casos absurdos, que expõem o sofrimento das pessoas colocando-os a serviço da angariação de audiência. E assim vão se fazendo as notícias. Quando isto vai acabar?

PS: Pronto, já apareceu um gajo associando a infeliz cegueira de seis pessoas ao primeiro ministro. Só falta agora o pedido de demissão da ministra. Tão previsiveis eles são. Só espero que não tenham cegado seis pessoas com fins eleitorais. Espero…

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 25 Jul 2009 @ 08:45 PM

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 22 Jul 2009 @ 4:53 PM 

E para que fique claro o que penso sobre os jornalistas que produzem notícias falsas afim de vender jornais, e sei que este não é o caso do Marco Santos, tudo está resumido numa frase que ele mesmo proferiu, nos comentários deste postal :

“É ter o cuidado de tirar dúvidas com uma pessoa antes de fazer acusações publicamente.”

Isto resume tudo o que penso a respeito daqueles que inventaram “notícias” sobre Michael Jackson, ou sobre qualquer outra pessoa, que ganham dinheiro, ou outra coisa qualquer, com isto, e de uma forma muito objetiva contribuiram para sua morte.

Peço aqui, e já o fiz em diversos lugares, que antes de criticarem seja lá quem for, tentem saber deste o que pensa a respeito daquilo que está pronto a afirmar e qual são suas razões. Sei que dá trabalho, mas é a única forma eticamente correta de agir.

Moral da história: nunca forme opinião sobre uma pessoa, ou personalidade, a partir da opinião de outros. Esta última pode estar contaminada com interesses e/ou paixões do indivíduo que opina.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 22 Jul 2009 @ 05:10 PM

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