18 Mar 2011 @ 5:03 PM 

Discursos destes na orelha dos outros é piada, e icónico, mas quando mandamos uma conversa dessas aos gajos eles saltam que nem pipoca, ficam em pulgas e perdem as estribeiras.

Há concessões a fazer em função da necessidade, mas em não alienar a personalidade em situação alguma está a virtude, principalmente quando nestas situações está envolvido o dinheiro, principal agente condicionante, e exemplo definitivo, da artificialidade de nossa civilização.

Estaremos todos perdidos? Claro que não. Sempre há a esperança para nos afagar a alma.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 18 Mar 2011 @ 05:23 PM

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 06 Out 2010 @ 1:32 PM 

Eu bem sei que é impossível fazer um(a) asno cantar um bolero. Apesar disso eu tentei e ainda consegui que ele(a) entoasse os primeiros acordes. Depois, porém, retirado o cativeiro e devolvido(a) à Natureza, ela foi mais uma vez mais forte: e o(a) asno fez … asneira, como sempre fará.

É inevitável. Esta é a inexorável ação da Natureza. Em toda a oportunidade que tiver, por todo o seu tempo, tudo que um(a) asno fará será produto da ação de um(a) asno, popularmente chamado de asneira, mesmo que o(a) asno em questão tenha um dia entoado os primeiros acordes de um bolero.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 17 Fev 2011 @ 10:27 AM

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 04 Jul 2010 @ 2:29 PM 

Karl PopperQuanto mais aprendemos sobre o mundo, quanto mais profundo o nosso conhecimento, mais específico, consistente e articulado será o nosso conhecimento do que ignoramos – o conhecimento da nossa ignorância.

Essa, com efeito, é a principal fonte da nossa ignorância: o facto de que o nosso conhecimento só pode ser finito, mas a nossa ignorância deve necessariamente ser infinita. (…) Vale a pena lembrar que, embora haja uma vasta diferença entre nós no que diz respeito aos fragmentos que conhecemos, somos todos iguais no infinito da nossa ignorância.

Karl Popper, in ‘As Origens do Conhecimento e da Ignorância’ (retirado do Citador)

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 04 Jul 2010 @ 02:30 PM

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 04 Jul 2010 @ 2:08 PM 

Nao ver, falar ou ouvir porque se querAntes de mais é preciso definir o sentido da palavra ignorância que servirá de caminho a esta pequena investigação. A partida só há um sentido etimológico claro que significa não ter gnoma, ou não ter o conhecimento da formulação clara de um pensamento. Neste sentido todos somos ignorantes de algo, pois não há ninguém que saiba tudo, por ser impossível. Mesmo o mais sábio dos sábios, aquele que leu todos os livros de todas as bibliotecas e quem falou com o maior número de pessoas possível no planeta, não sabe o sexo da criança que acaba de nascer neste preciso instante. Nem seu nome, nem onde ocorreu este nascimento, etc. Portanto é impossível tudo saber e este já é um princípio definitivo.

Bem como é impossível nada saber para um ser vivo. Esta já não é uma afirmação tão pacífica de ser feita, mas parto do princípio de que também é verdadeira. Presumindo que todo o ser vivo tem no mínimo a ciência de si próprio e do meio que o cerca, não me é difícil imaginar isto. Uma planta, por exemplo, “sabe” onde está o Sol que persegue para proporcionar-lhe a fotossíntese. A célula de um procarionte “sabe” o que tem que ser feito para se manter viva e se reproduzir. E o “saber” aqui não é colocado no sentido de ter consciência, mas sim o de ter ciência do que é preciso ser feito para atingir a um objetivo, nem que ele seja tão somente o de ser, estar e permanecer vivo, enquanto indivíduo ou espécie. Mas, de forma geral, não pretendo ir tão longe, mantendo a discussão sobre o que é, ou não, ignorância para o ser humano.

Se aceitarmos a definição académica de ignorância como a falta de saber, conhecimento e/ou ciência, é preciso, antes de avaliar o que ela é, determinar o que é preciso saber ou o que há para ser sabido. Porque sou da opinião que só se carateriza como ignorante aquele que não conhece alguma coisa dentro da qual precisa operar, aquele que desconhece o que é preciso saber. Não vejo como ignorante aquele que não detêm um conhecimento que não é pertinente à ação diante a sua própria vida.

Desta forma não posso dizer que é ignorante o agricultor de hoje que não saiba o nome o mais famoso rei dos Hunos, mas que saiba tudo sobre a sua cultura agrícola. Da mesma forma não posso classificar como ignorante um chefe de uma família residente numa remota aldeia do Tibete, ou um índio nunca contactado na floresta amazónica, que não saiba exatamente para que serve aquelas máquinas que sempre vê passar a voar sobre sua cabeça, a qual chamamos de avião, uma vez que dela nunca nenhum de seus antepassados precisou fazer uso, e não se imagina que vá precisar de alguma nos próximos milhares de anos, que é o tempo que a sua família ocupa aquela região, a continuar a viver da mesma forma. O que importa saber o que é um avião, mesmo que o veja todos os dias, se dele não se faz uso?

Portanto, para efeito deste estudo, a ignorância se articula em função de um conjunto de conhecimento definido e no qual o interveniente avaliado em função de seu conhecimento, deveria estar inteirado. Portanto ignorante é aquele que absolutamente não sabe o que deveria saber. Os que agem como se não soubessem não são ignorantes, são outra coisa.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 04 Jul 2010 @ 07:17 PM

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