Não há mais espaço em nosso mundo para o que hoje se viu nos dois jogos da Copa do Mundo. É, e sempre será, preciso fazer prevalecer a verdade em primeiro lugar e o desenvolvimento tecnológico humano foi feito, na maior parte das vezes, exatamente para que isto pudesse acontecer. Não aceitar isto é não aceitar a procura pela verdade, obra essencial da nossa ciência.
A não validação de um gol claro da Inglaterra e a validação de um gol evidentemente feito em desacordo com as regras do jogo pela Argentina, sem que isto seja objeto de avaliação mais precisa, é simplesmente ridículo nos dias que correm.
Se há anos atrás a Inglaterra poderia fazer um gol inválido à Alemanha na final de uma Copa do Mundo, isto seria visto por “apenas” algumas pessoas que estavam no estádio, presumindo-se que a equipe de arbitragem realmente não foi capaz de ajuizar bem a ocorrência, aceita-se que muitas outras pessoas também não tenham sido capazes de faze-lo. Porém, naquela época, 1966, não havia a tecnologia que hoje existe e a verificação online de um acontecimento era mesmo impossível.
Mas hoje não. Temos tudo o que ocorre no campo gravado por diversas câmaras de TV, de altíssima qualidade, e é inadmissível que não se recorra a este recurso para fazer valer a verdade. Numa época em que a verdade era aquilo a que os governantes queriam que fosse, até se aceita que o futebol pudesse pisar na verdade fez por outra. Mas hoje, com milhões de pessoas vendo que aquilo que é validado é fora da lei do jogo, passa a ser um caso tremendamente pobre, num desporto que movimenta milhões de dólares no mundo todo.
Não! Absolutamente não aos gols de mão ou em impedimento ou a invalidação do gols limpos, por que o homem tem limites reais de interpretação dos fatos. Nós já criamos muita tecnologia para corrigir esta nossa deficiência e não aceitar utilizar isto a bem da verdade é retrógrado e ridículo.