04 Ago 2009 @ 11:31 AM 

Perpetuação do mana através de gerações“Entre os melanésios, força ou poder impessoal e sobrenatural que pode estar concentrado em objetos ou pessoas e que pode ser herdado , adquirido ou conferido.” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, )

“Entre os melanésios, o conjunto de forças sobrenaturais provenientes dos espíritos e que operam num objeto ou numa pessoa.” (Novo Dicionário Aurélio da língua portuguesa, 2ª edição)

“O Mana uma força impessoal que existe nas pessoas, animais e objectos inanimados e que instiga no observador um sentimento de respeito ou de admiração. Antropologicamente, mana é um conceito com um significativo interesse, já que é considerado frequentemente como o precursor de uma religião formal. O mana é comummente interpretado como a “substância da qual a magia é feita” além da substância que forma a alma.” (Wikipédia)

Esta poética definição da palavra “Mana”, encontrada no Wikipédia e que dá título ao postal, encontrei-a ao pesquisar na Internet sobre o fenómeno humano de adoração de pessoas. Eu estava a procurar a origem deste tipo de admiração (humana por outros humanos em carácter particular, mas sei que ela também pode se aplicar a animais, objetos inanimados, ícones, desenhos, etc), porque sempre que encontro pela rua este tipo de manifestação, que se exprime de diversas maneiras, interesso-me de forma particular, tentando compreende-la.

Todos temos diversas vezes na vida a oportunidade de presenciar momentos destes ao vivo (sem falar na TV que é quase que exclusivamente um instrumento de criação e destruição de ídolos), nos quais por vezes nós próprios estamos envolvidos como admiradores. Esta admiração pode proporcionar, como tudo na vida, tanto reações (cargas elétricas) positivas (amor, afeto, idolatria, etc) como negativas (ódio, ciúmes, inveja, etc). É-nos, por vezes, completamente impossível sermos indiferentes a determinadas pessoas, por mais que queiramos e/ou dizemos sê-lo.

Nos últimos anos, sempre que este tipo de manifestação ocorre na minha presença, passo a observar e a tentar analisar os indivíduos, compreender-lhes a razão. Tento verificar as suas particulares formas de manifestar a admiração. Tento compreender as intenções individuais e coletivas quanto ao objeto admirado. Encontro aí fonte inesgotável de inspiração de personagens e de credibilização psicológica destas mesmas personagens.

Percebo que a manifestação de admiração se produz em duas vertentes: a) na vertente imediata, uma vez que a comunicação se dá em primeiro lugar com os outros manifestantes, o que na esmagadora maioria das vezes é a única audiência de nossa manifestação; b) e na vertente secundária, está já no campo da imaginação, onde a comunicação de nossa admiração poder-se-ia se dar diretamente com o objeto admirado. Esta última, muitas vezes, em minha opinião, assume um carácter sexual.

Este é efetivamente o princípio básico da religiosidade humana. E este é um dos assunto que mais me desperta o interesse ultimamente, por que percebo com nitidez que a religião no futuro será uma coisa completamente diferente da que é agora.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 04 Ago 2009 @ 06:52 PM

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