Faz hoje 80 anos que ocorreu, em 25 de Outubro de 1929, o que se convencionou chamar de “Crash” da Bolsa de Valore de Nova York.
Fruto de uma mera explosão de uma bolha especulativa que se instalara nos 5 anos anteriores, a semelhança do que aconteceu recentemente (2000) com o NASDAQ, as ações caíram de forma abrupta levando a diversos investidores a falência, pelo facto de terem contraído empréstimos bancários afim de investir na bolsa, iludidos pelos ganhos consistentes dos últimos anos.
O que fica para a História é a especulação anterior ao “Crash” que demostrou claramente que se poderia inventar valores monetários para empresas e aplicações, afim de especular criminosamente com o dinheiro, o que faz alguns ricos mas que provoca, ao final dos tempo, milhões de pobres.
Há ligações diretas entre este “Crash” e a Segunda Guerra Mundial, inclusive justificando em parte a ascensão dos governos totalitários na Europa, na Itália, Espanha, Portugal e, sobretudo, na Alemanha.
O descalabro financeiro provocado pelo “Crash”, conhecido como Grande Depressão, determinou o pior e mais longo período de recessão económica que há registo na História, caraterizado por elevadas taxas de desemprego, inflação e baixas taxas de produção industrial e consumo.
No cinema, dos filme que assisti e que melhor me ilustraram o que se passou, foi o Ovo da Serpente, de Ingmar Bergman, onde eram demostradas as cenas das pessoas consumindo e vendendo carne dos cavalos que por ventura morressem em público.
Segundo alguns analistas a crise global que vivemos nos dias de hoje é a pior desde a Grande Depressão marcada pela quinta-feira negra em 24 de Outubro de 1929