Um inglês, John McLaughlin, e um espanhol, Paco de Lucia, tocando a fabulosa música de um brasileiro, Egberto Gismonti.
Só o Egberto mesmo para me lavar a alma de tanta estupidez. Estou novamente feliz. Sempre que quero me esquecer de como as coisas são, ouço Egberto Gismonti para verificar que afinal existem alternativas belas e inteligentes.
Por que o sonho terminava
Quando o dia amanhecia
No espelho
Vinha um medo desse gosto morto do passado
Mergulhado na memória
Eu não queria que a vida findasse no abismo desse quarto
Amargando amargurada solidão
Por que a hora se esvazia
Na memória do espelho
Como um fado
Teço o fio do meu sonho cheio de mistério
Um rosário de silêncio
E a minha boca fechada com medo das sombras desses anjos
Que se foram e não voltam nunca mais
Geraldo Carneiro, para música de Egberto Gismonti.
Uma brasileira ofendeu aos portugueses. Carago! Eu tenho dupla nacionalidade. O que devo sentir? Vergonha ou ofensa?
Pensei, pensei e pensei. Concluí então que não devo sentir nada, somente indiferença. Ela, a brasileira, é uma pessoa maior, vacinada, independente e livre. Disse o que disse porque quis e não me consultou antes de dize-lo. Da mesma forma disse-o por estupidez própria e, por ser completamente estúpido, não pode me ofender.
Se eu fosse me envergonhar e/ou me ofender com as coisas que dizem todos os estúpidos que indiretamente me afetam, não faria outra coisa na vida. Dar ouvidos e razão a estúpidos não é um esporte que me atraia.
Ouvir (ler) as reações estúpidas de portugueses a estupidez da brasileira e me ofender com isto, da mesma forma estaria a dar ouvido a estúpidos.
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