22 Jun 2009 @ 9:55 PM 

Hoje, a conversar sobre diversas coisas com meu filho mais novo, a propósito da dificuldade da convivência pacífica entre as pessoas, dei o exemplo da dificuldade da coexistência de dois génios num mesmo grupo musical por muito tempo. Falei-lhe das dificuldades de Paul McCartney e John Lennon, a partir do momento que este deixou de ser o ídolo daquele, que descobrira que sabia fazer músicas como nenhum outro nunca soube fazer. Das dificuldades de David Gilmour e Roger Waters em fazerem caber os seus imensos egos na mesma sala (afinal dois corpos não ocupam o mesmo lugar num espaço).

Falei dos problemas de Jon Anderson, Chris Square, Steve Howe, Rick Wakeman e Bill Brufford (sem esquecer do Eddie Offord) em sobreviver a mais de 3 fabulosos discos, únicos até hoje que arrebataram todos os prémios de melhores enquanto músicos individuais e de grupo de rock, tanto na maior revista europeia de música da época, Melody Maker, quanto da sua congenere norte-americana, a Billboard, no mesmo ano, quando do lançamento do fabuloso Close To The Edge, motivo de uma relativamente recente edição da Melody Maker sobre a façanha, quando o Yes festejou 35 anos de carreira, mas raras vezes com esta formação.

Passei por Phill Colins e Peter Grabiel, é claro, não me esquecendo de Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker (imagina, 3 génios juntos, impossível!). Mas acabei a conversa no impossível acordo de paz entre Fred Durst e Wes Borland, para descobrir afinal de quem teria sido a culpa pelo fabuloso Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water, um daqueles 24 que escolhi levar pra tal ilha deserta ocupada por simpáticos cidadãos.

Para ouvir se serão capazes de imitarem a si próprios, porque parece que perceberam que o o que criava genialidade era a reunião de ambos e não a separação, eclodida dias antes daa arrasadora premiação do disco nos Awards da MTV, quando um solitário Fred Durst apareceu a cantar acompanhado por nada mais, nada menos que de Jimmy Page (não, não me esqueci do Robert Plant), como quem diz a Wes Borland: “Guitarristas bons há muitos por aí. Quero ver é encontrares um louco como eu.” Mas faltava as interpretações teatrais, máscaras e fantasias Gabrielianas do genial Wes.

Voltaram!? Ainda há esperança em que voltemos a ouvir música fresca. Tomara.

A idade é foda! Já neste regresso, na recente turnê pela Alemanha, tiveram que dar um valente “slow down” na Boiler porque não há garganta que resista a tanta energia, Robert Plant que o diga. É uma pena, perderam a melhor parte das vidas deles em parvas discussões.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 24 Jun 2009 @ 03:36 PM

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Categories: Pensando alto
 22 Jun 2009 @ 4:19 PM 

Escrevo ficção há cerca de 35 anos. Já escrevi profissionalmente para Teatro e escrevo contos e romances de vez em quanto. Não questiono o mérito nem a qualidade, mas tento perceber alguma coisa da fabulosa arte de escrever.

Mas hoje tive uma dúvida: seria uma das diferenças entre o jornalista e o escritor de ficções a falta de imaginação, ou sobra dela, em um ou outro?

Esta dúvida assolou-me hoje, depois de concordar com o conteúdo de um post num blog de um jornalista, instei-o a “imaginar” uma situação diferente daquela a que ele narrara com brilhantismo.

Parece-me que ficou azedo, pela resposta que me deu, dizendo-me nem passar pela cabeça dele qualquer coisa diferente daquela a que as imagens, e seus autores, mostravam acontecer. Não podem os jornalistas imaginar? Ou só o fazem quando escrevem romances de ficção?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 22 Jun 2009 @ 10:38 PM

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