Escrevo ficção há cerca de 35 anos. Já escrevi profissionalmente para Teatro e escrevo contos e romances de vez em quanto. Não questiono o mérito nem a qualidade, mas tento perceber alguma coisa da fabulosa arte de escrever.
Mas hoje tive uma dúvida: seria uma das diferenças entre o jornalista e o escritor de ficções a falta de imaginação, ou sobra dela, em um ou outro?
Esta dúvida assolou-me hoje, depois de concordar com o conteúdo de um post num blog de um jornalista, instei-o a “imaginar” uma situação diferente daquela a que ele narrara com brilhantismo.
Parece-me que ficou azedo, pela resposta que me deu, dizendo-me nem passar pela cabeça dele qualquer coisa diferente daquela a que as imagens, e seus autores, mostravam acontecer. Não podem os jornalistas imaginar? Ou só o fazem quando escrevem romances de ficção?
Edgard, foi uma resposta seca, mas não azeda. A questão é que estava com quatro páginas para escrever no jornal e o que me apetecia era fazê-lo livremente, no blogue, como eu sempre preferi mesmo antes de saber o que é um blogue.
Quanto à imaginação, nenhum jornalista consegue compreender a notícia sem ela.
E mais uma vez devo terminar porque Lisboa me espera para mais uma sessão de sauna e palavras… Um abraço.
😉 Ok, compreendo, mas o palato é um privilégio daquele que prova e não do provedor, certo?
Obrigado pela disponibilidade de tua resposta. []’s