Falar mal. Sim temos este direito, bem como temos o de falar bem. Mas não vejo tantos a falar bem como os vejo a falar mal! E por justiça tenho que vir aqui falar muito bem da ministra da saúde portuguesa, Ana Jorge, pela exemplar atuação no desenvolvimento das notícias no que diz respeito a evolução da gripe A em Portugal. A cada novo caso vejo-a cumprindo um papel preciso de informar, tranquilizar e mostrar a realidade sem enfeites. Brilhante, para além de muito mais importante, inusitado e notório do que qualquer corno que outro ministro possa fazer.
Gostaria de ver a sua foto tranquila estampada nas primeiras páginas de todos os jornais. Em outras palavras: gostaria que esta atuação da ministra rendesse muitos mais votos do que aqueles que por ventura foram perdidos com a atuação de ex-ministro da Economia. Gostaria de ver pelo menos uma pequena menção, na Assembleia da Republica, vinda da boca de um opositor qualquer. Antes os ouviremos achar um motivo qualquer para falar mal. Tem este direito… fazer o que?
Se por um lado sou um privilegiado que tenho condições para ter MEO e ZON, e as correspondentes caixas digitais, em minha casa, por outro, isto faz de mim um observador capacitado a comparar os dois serviços e informar aos eventuais interessados em um ou noutro.
Por isto me sinto na obrigação de dizer que aquilo que faz as vantagens de ambos, se apresenta de forma apropriada nos dois, ou seja, a possibilidade de ver a TV no momento em que se queira, ao permitir gravar o conteúdo para posterior visualização.
Sim, os dois fazem-no, porém um muito melhor que o outro. Enquanto quase não há diferença nas características técnicas dos serviços, no que diz respeito a qualidade da imagem, por exemplo, já no que diz respeito ao sistema utilizado para apresentação da programação, factor fundamental para que se saiba de antemão o que irá passar nos diversos canais, afim de que se escolha o que se irá assistir e o que se irá guardar, que no serviço da MEO é perfeito e de fácil utilização, no serviço da ZON TVCabo isto simplesmente não funciona!
A interface com o utilizador é horrível e a informação, muito mais vezes do que eu gostaria que fosse, indisponível. Já tive há muitos anos no Brasil o sistema da DirecTV, que muito se assemelha a estes serviços, com a diferença de que não permitia a gravação, o que foi introduzido no mundo pela TIVO. No que diz respeito a escolha da programação no Guia de TV, MEO e DirecTV são muito semelhantes e ambos práticos e fáceis de utilizar e encontrar o que se pretende.
Mas no serviço proposto pela ZON é imperdoável que quase sempre o máximo que se consiga ver na lista de programação de todos os canais é uma frase incompleta de “informação não disp…”. É irritante, amador e já me fez, por diversas vezes desligar a box da ZON e me mudar de sítio em casa para utilizar o serviço da MEO, este sim excelente e que nunca vi falhar. A única vez que percebi uma imperfeição foi quando deparei com a desfasagem em uma hora na programação da Odisseia, o que atrapalhava a programação da gravação por dois motivos: 1. Tinha que sempre estar a fazer cálculos para conseguir gravar o programa que queria; 2. O nome do programa gravado não correspondia ao conteúdo. Bastou um telefonema para o serviço de cliente da MEO, e dizer que, quando aparecia, a programação da Odisseia na ZON estava correta, para que resolvessem o problema no mesmo dia.
Mas não há o que faça o serviço da ZON funcionar. E quando se liga para o serviço de cliente admitem a falha, sugerem que faça um reboot e que aguarde por uma hora para recarregar as listas de canais ( o que é imediato na MEO), mas que depois voltarão a desaparecer. Dizem que só vai ser corrigido com um upgrade de software. É tudo mesmo muito pior, e se me permitem uma brincadeira, não fosse o software ter sido feito pela Microsoft, teriam menos problemas. O da MEO deve ser Open Source… 🙂
Enquanto programador de computadores, vejo neste serviço coisas que são muito mal feitas.
Nos ensinam. Todos os dias, por todos os meios, sobretudo na TV. Mas nos ensinam. Fazem-nos crer que a melhor solução para todas as situações é sermos hipócritas, artificiais, irreais, imaginários.
Um dia, para voltar a ser felizes, teremos que retornar a barbárie onde, quando queríamos uma coisa que não tivéssemos, manifestaríamos nosso desejo com espontaneidade, e faríamos o que estivesse ao nosso alcance para satisfaze-lo. Caso não estivesse ao nosso alcance, desenvolveríamos um método para conseguir atingir nosso objetivo. A este método, verificado, chamamos Ciência, difundido, chamamos Cultura. Isto é uma lei da Natureza e ocorre em todas as espécies animais.
Quiséssemos nos alimentar e transformaríamos a natureza de forma a tirar o melhor proveito disso para este fim. Mas sem destruí-la ou nos apropriarmos dela, para que ela continuasse a dar seus frutos incólume e disso tiraríamos partido no futuro, todos nós.
Quiséssemos demonstrar carinho e afagaríamos os cabelos de uma criança, sem temermos que estivéssemos a ser observados, o que nos podeira custar uma acusação de pedofilia pelos inimigos.
Quiséssemos amar uma pessoa e diríamos isto francamente, envergonhados talvez, mas nunca temerosos de sermos processados por assédio sexual.
Quiséssemos dar a nossa opinião e a daríamos com paixão, sem temer os argumentos contrários como se estes colocassem em causa a nossa integridade, sanidade, cultura ou inteligência.
Quiséssemos trabalhar para obtermos a nossa vida e o faríamos com prazer, sem verificar a todo o minuto que o maior benefício que proporcionamos com nosso trabalho não é para nossa família, mas para a família daqueles que a única coisa que tem a mais que nós é dinheiro. Isto explode em nossos olhos pelo brilho dos bens iconográficos, aos quais somente alguns tem acesso, e que são obrigatoriamente utilizados por aqueles que precisam demonstrar o seu sucesso financeiro. Sabedores que a obtenção deste sucesso demostrado nas joias, quase sempre é feito de forma irregular, ilegal ou recorrendo a batota e a exploração, faz-nos mesmo muito infelizes.
Quiséssemos sermos nós próprios e o faríamos com orgulho, sem tentarmos nos transformar num ícone de aparência pré estabelecida criada por padrões discutíveis.
Mas não. Nos ensinam, todos os dias, na TV, nos jornais, nas escolas, nos blogues, nas conversas com as pessoas, nas declarações daqueles que deveriam estar a defender os nossos interesses, que mais vale a vitória de um argumento, do que a prevalência de uma boa ideia. Vejo-os a utilizar a palavra, mesmo que baseados em falsidades ideológicas ou fatuais, ou falcatruas, somente para vencer o que deveria ser um debate. Como se nossa sobrevivência se perpetuasse com palavras.
Há aqueles que trabalham, é certo. Há aqueles que dedicam seu tempo a consolidar e a desenvolver o nosso conhecimento, afim de transforma-lo em benefícios práticos para todos nós. Há, tenho certeza que há, e não se trata de nenhuma miragem ou esperança. Só que estes, por não aparecerem na TV, ou noutros sítios, em posição de destaque, fazem-nos sentir que afinal realmente não existem, não passam de objetos de nossa ingenua imaginação.
Actualização: Querem um exemplo de ação contra algumas das coisas que aqui apontei, descoberto depois que escrevi isto aqui. Aconselho vivamente a visualização e promoçãpo do vídeo que lá se encontra.: http://www.earth-condominium.com/
A tecnologia, e seu desenvolvimento, é mesmo um dos aspectos mais fascinantes do desenvolvimento da humanidade. Mas por vezes as coisas correm mal, dão para o torto, como se diz. Neste caso, em que o fato espacial Jaked da nadadora italiana Flavia Zoccari descosturou-se, a coisa deu mesmo pro redondo!
Para quem gosta de boa música esta será uma excelente oportunidade para ter prazer. Eliane Elias tocará, e cantará, no próximo dia 14 em Cascais dentro do evento Cool Jazz Fest. Bossa nova da melhor qualidade.
Para assunto de capa da edição portuguesa da National Geographic deste mês de Julho, a edição número 100, foi escolhido Afonso Henriques. A reportagem leva o título de Factos e mitos 900 anos depois.
A foto da capa reproduz um “pormenor da genealogia de Afonso Henriques de acordo com o iluminador Simon Bennig. A iluminura data de 1500 a 1520 e foi elaborada para o infante D. Fernando.”
Esta reportagem se me apresenta como uma confirmação a tese que defendo, de que Portugal tem este desenho peculiar devido a ter se formado como uma imensa fortificação, pontilhada de postos de comando por todo o interior, visíveis uns aos outros, e enquadrando-se numa perspectiva mais vasta com todo o movimento das Cruzadas. Como lá está escrito: “Nenhum historiador que estude o século XII desliga o processo da reconquista cristã do quadro mais vasto das Cruzadas.”
Fiz questão de destacar esta excelente reportagem por se tratar de um documento importante para que se compreenda a origem cristã e bélica deste gigantesco pequeno país.