30 Abr 2009 @ 12:02 PM 

Quando vejo dois jovens leões machos no Botsuana a caçar, se alimentar e a viver juntos por uns tempos, pois depois procuram formar família onde serão os machos dominantes e se separam pois não cabem dois machos dominantes numa formação social leonina, acredito que fazem-no por saber que juntos terão que fazer um esforço menor para atingir o objetivo da caça que, invariavelmente devido ao tamanho dos animais que abundam, zebras e gnus, são de maior porte do que conseguem comer antes que se estrague ou outros animais se encarreguem de fazer desaparecer.

Outros animais apresentam comportamento semelhante em bandos de diversos tamanhos.

Serão eles amigos? Sim, claro, até que interesses privados se sobreponham.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 30 Abr 2009 @ 12:06 PM

EmailPermalinkComentários fechados em Amizade
Tags
Categories: Pensando alto
 30 Abr 2009 @ 11:01 AM 

Sei que eu não existia, que existo e que deixarei de existir.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 30 Abr 2009 @ 11:10 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Síntese da sabedoria
Tags
Categories: Pensando alto
 30 Abr 2009 @ 10:49 AM 

Acredito que:

a) Estou a passar por este planeta, como qualquer ser vivo em qualquer planeta, com um único propósito: cumprir a tarefa de preservação da vida, a minha, como objetivo primário, e a de minha espécie, como secundário;

b) Todo o resto é acessório, artifício, abstração.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 30 Abr 2009 @ 11:30 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Síntese da crença
Tags
Categories: Pensando alto
 29 Abr 2009 @ 12:47 PM 

Pela primeira vez posso dizer isto, como dizíamos antigamente “Este mundo é pequeno” ao encontrarmos por mero acaso uma pessoa na Internet.

É que hoje aconteceu comigo um fato bem interessante: revendo coisas antigas por aí, passei no site do BOB’s pra ver se encontrava a indicação do podcomer de 2006. Não achei mas segui em frente vendo os premiados deste ano. Daí cheguei ao blogue Querido Leitores, da Rosana Hermann. De primeira achei que nunca o tinha visto mais postado. Mas depois lembrei-me de já ter ouvido falar, talvez até mesmo lido o blogue a tempos, quando “frequentávamos” o blogue do Maestro Billy.

Li uns postais, revi o meu querido Física na Veia e lá no final dei com uma coisa que não conhecia: uma janelinha chamada Shoutbox, onde as pessoas conversam publicamente, como se de um chat/msn/skype público se tratasse.

O acaso ocorreu quando vi uma pessoa a escrever lá uma coisa, exatamente na hora que cheguei. E para minha surpresa eu conhecia a pessoa. Era nada mais nada menos que a LUCIana, musa inspiradora da Luci-Quebra-Tudo, personagem que eu e o Maestro Billy inventamos nos comentários do seu blog, onde escrevi num surto de inspiração a letra de uma música que depois o Maestro produziu, tudo por brincadeira com a LuciAna, como assinava e que depois passou a LUCIana só por causa daquilo.

Mantivemos ali uma curta conversa assim (está de trás pra frente porque os chats são assim mesmo):

gavezdois Procê também. ok.
LUCIana me adiciona então lupecampos!
LUCIana abrção proc~e Edgar!..
gavezdois sim
LUCIana vc tá no twitter tb edgar??
gavezdois Obrigado. Tenho que ir. Até a próxima. saudades.
LUCIana bem vindo ao beco dos queridos leitores!
gavezdois Nem conhecia isso.
gavezdois Quanto tempo, pois é quanto tempo. (*)
LUCIana tô sempre por aqui!!!
LUCIana quanto tempo hihihi
gavezdois 🙂
LUCIana Oiiiiiiiiiii Edgar!!!!!!
gavezdois Olá LUCIana. A quanto tempo não nos encontrávamos. Estava a passar por aqui e reparei que manteve a LUCI aos gritos, o que muito me orgulha. Bjs de Portugal.
LiG pois eh rs
LUCIana já chegou off Lig?? rss Bom dia

(*) Pois lembrei-me na hora da música Sinal Fechado do Paulinho da Viola…

Esta Internet já está a ficar pequena…

Lembrança a todos!

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 30 Abr 2009 @ 10:47 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Esta Internet é pequena …
Tags
Categories: Nada
 29 Abr 2009 @ 6:51 AM 

Noutro dia, num documentário muito bom acerca de uma pequeníssima povoação no Tibete, feito por uma investigadora francesa, numa conversa entre a ela e o homem da família que a acolhera durante o tempo da pesquisa sobre a vida daquela gente, lá pelas tantas ele pergunta, mais ou menos assim:

– Ano passado você foi para o povoamento de nossos vizinhos?

– Sim – respondeu a investigadora.

– Mas por que não veio pra cá?

– Não sei. Nem sabia que existia este pequeno povoamento.

– Deveria ter vindo prá cá… Aqui é muito melhor. Lá eles estudaram. Discutem muito… Aqui não. Tudo é mais tranquilo… Nós somos todos iguais…

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 29 Abr 2009 @ 07:24 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Ignorância
Tags
 27 Abr 2009 @ 6:59 PM 

Estou mesmo com problemas de compreenção. Agora a Microsoft anuncia que vai lançar o Windows 7 com um modo XP virtualizado. Mas … porque pagar a MS por um SO novo se ele funciona exatamente como o velho? Estou a ver mal as coisas?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 28 Abr 2009 @ 11:59 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Mas porque?
Tags
Categories: Nada
 20 Abr 2009 @ 8:55 PM 

Com sua presumível morte de Stephen Hawking, acrescida de uma pitada de mitificação (condimento desnecessário por ele ser mito por natureza) e alguns muitos anos, numa época em que a sede da CGD, em ruínas, já fosse vista como um monumento a deuses de papel, talvez consigamos transforma-lo também numa espécie de Deus. Poderíamos mesmo começar a doutrina num possível epitáfio mais ou menos assim:

Talvez um Cristo, deixado a deriva em nossa companhia, pelo seu divino pai, o Deus da alquimia Isaac Newton, pagando com seu sacrifício físico o preço de carregar sobre o débil pescoço, o peso de uma mente distante de nossa compreensão. Um ator e personagem que nunca deveria ter saído dos céus, que foi de onde certamente veio para esta visita fortuita ao reino dos humanos, só para nos ensinar o que é o cosmo. Dar-nos notícias de sua imensidão, frieza, crueldade e solidão. Este foi um daqueles que se compreendêssemos em toda a sua plenitude, indubitavelmente, creríamos que era mesmo um Deus.

Nem mesmo eu seria ateu.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 29 Abr 2009 @ 07:39 AM

EmailPermalinkComentários fechados em Um possível epitáfio
Tags
Categories: Pensando alto
 

O fim

 
 20 Abr 2009 @ 10:00 AM 

O fim tem sido um factor determinante em todos os meus passos, desde o princípio.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 20 Abr 2009 @ 04:35 PM

EmailPermalinkComentários fechados em O fim
Tags
Categories: Micronarrativa
 19 Abr 2009 @ 5:02 PM 

Não deve ter sido programado para ser desta forma, mas no início desta madrugada houve uma coincidência interessante na programação do Canal Odisseia: primeiramente eles transmitiram um documentário com o título “Bandos Criminosos do Mundo”, originalmente Ross Kemp on Gangs. O episódio tratava dos grupos de “skinheads” Neo-Nazis de Moscovo.

Logo a seguir, mostraram dois episódios, de cerca de 30 minutos, sobre o cinema norte-americano. A série de 10 episódios chama-se “Das Séries B aos Filmes de Culto”, da qual foram mostrados os episódios sobre os géneros Western e Melodrama.

Esta última série tem por objetivo mostrar a História do cinema como agente promotor dos valores sociais, nomeadamente na sociedade norte-americana. A cada episódio é apresentado um género, desde sua origem até os nossos dias, assinalando as modificações pelas quais passam a realização das histórias de acordo com a própria evolução de nossa sociedade, para além de seus principais intervenientes.

Na definição do género Western, logo no início do documentário, a narração bem-humorada diz que é muito simples de se reconhecer um filme deste género: “Primeiro procurem o cowboy. É ele o herói. A história é muitas vezes a mesma: o cowboy vagueia pelas planícies para vingar o assassino … ( e covarde (?) Não compreendo o que ela diz) de sua família ou para encontrar a esposa que foi levada pelos índios. Por vezes o cowboy tem um profundo sentido de justiça e neste caso desempenha o papel de xerife”. Após a definição do herói, necessariamente, vem a do vilão: “Os maus da fita são índios ou mexicanos enquanto que o cowboy é sempre branco”.

Pouco antes, contando a História do herói, informam que são imigrantes europeus que fugiam da pobreza, da guerra e, por vezes, da justiça em seus países de origem, pessoas estas que ao não encontrar lugar nas já bem organizadas cidades do leste norte-americano, punham-se na estrada rumo a oeste (“west” em inglês, daí o nome Western) em busca da vida.

O sub-género “Western” esta em vias de extinção, sendo que neste momento estamos passando, inclusive, (como é nosso hábito e será motivo de futuro estudo) por um processo de destruição da imagem deste tipo de herói, que de macho a prova de qualquer garrafa de whisky, briga ou duelo, primeiramente perdeu um símbolo de sua masculinidade, deixou de fumar, e depois o que restava dela, pois passou a ser homosexual. Mas estas mesmas histórias são contadas até hoje em milhares de outros filmes por todo o mundo, noutros sub-géneros e isto formata e instrui toda uma sociedade global. São pelo menos 100 anos contando a mesma história do “herói” vingador que mata com facilidade os “inimigos” de outra raça que lhe privam da donzela ou de um ente querido.

O factor que provoca a coincidência ocorreu no documentário anterior. Trata-se também de uma série de documentários, premiado com o BAFTA de melhor série fatual no Reino Unido em 2007,  que aborda a questão dos gangs, e que levou o ator, autor e jornalista Ross Kemp, a diversas partes do mundo para documentar a violência que envolve estes agentes de nossa sociedade.

O episódio em questão leva-o a Moscovo e foi o segundo da segunda série de episódios, que começara, na primeira série, no meu natal Rio de Janeiro. Neste episódio, Kemp vai atrás de grupos Neo-Nazis e descobre quem está por trás de recentes ataques racistas, que, segundo ele e não só, ocorrem diariamente. Em sua investigação chega mesmo a ir a um sítio secreto da forte organização (que tem braços inclusive dentro do parlamento russo) onde treinavam e abrigavam alguns dos alegados skinheads assassinos.

É aqui que se dá a coincidência: ao entrevistar um dos membros sénior de um grupo skinhead, tenta descobrir primeiramente quem é o inimigo e depois porque ele assume aquele papel, numa conversa assustadoramente honesta de parte a parte. Nem precisou perguntar quem é o inimigo pois ao querer saber sobre um ferimento recente (ainda com os pontos) que o entrevistado tinha no joelho e sobre o tipo de combate no qual se envolvia, teve sempre como resposta a culpa do inimigo, os imigrantes. Diz o entrevistado: “Se matarmos 1, são menos 1.000 os imigrantes que vem para cá”.

O entrevistado, assumindo o papel de herói vingador que vive em perigosos combates contra o inimigo imigrante, diz que se tornou racista depois de rebeldes tchetchenos terem supostamente destruído vários blocos de apartamentos em 1999. “No primeiro bloco de apartamentos vivia uma rapariga (a donzela) que eu conhecia (*) e eu disse – “Vamos matar tchetchenos (os índios ou mexicanos).” – Peguei numa faca e decidi que ia matar um tchetcheno”.

Narra ainda que depois desta decisão, numa linearidade cinematográfica, quando estava a caminho do mercado para consumar o que decidira, encontrou um outro grupo, armados de bastões, que o viram com uma faca e perceberam mutuamente a comunhão das intenções. Convidaram-lhe então para ir com eles. “Fomos até ao mercado e punimos aqueles tchetchenos pelo crime cometido pelos seus compatriotas”.

E cá está a coincidência, seja na identificação do inimigo, seja na atitude tomada em relação a ele, em tudo concordante com a posição expressa pelos filmes de cowboy, onde são mortos muitos índios por terem levado uma mulher. A lógica formulada é simétrica e se reproduz em diversas outras situações.

Num monólogo consternado interpretado pelo John Wayne, destacado na introdução da série sobre Western, vemos o seu personagem dizer o seguinte a cerca de sua mulher: “Quando estava a morrer, as suas últimas palavras foram: Encontra-os DJ. E os estou a procurar desde então. Isto não é somente o meu trabalho, mas é parte de minha vida”. Façamos um mashup nos discursos. Poderia resultar numa coisa mais ou menos assim:

– No primeiro bloco de apartamentos vivia uma rapariga que eu conhecia. Quando estava a morrer, as suas últimas palavras foram: Encontra-os SH. E eu disse – “Vamos matar tchetchenos.” – Peguei numa faca e decidi que ia matar um tchetcheno. E os estou a procurar desde então. Isto não é somente o meu trabalho, mas é parte de minha vida.

Parece que resulta perfeitamente. Vejo até mesmo a imagem de um com a voz de outro num filme no YouTube.

Alguns destes homens são liderados por um senhor que diz ter pretensões políticas objetivas, tem planos concretos para o que fará quando assumir o poder na Russia, tem apoiantes, muitos a conferir pelo dinheiro gasto na qualidade de todo o equipamento e instalações mostrados ao longo do documentário, tendo inclusive braço político que representa as suas ideias na Duma, segundo Kemp, retiradas do Mein Kampf.

Mas uma outra coincidência, maior e que mais me perturba, é a de que no esteio de uma profunda crise económica em tudo semelhante a que passamos agora, embora a origem seja mais ou menos diferente (lá provocada pelos industriais, aqui pelo sistema financeiro, elites, cada um em seu tempo, no âmbito do Liberalismo), um senhor com estas ideias, talvez não o primeiro, mas certamente o mais famoso deles, chegou ao poder pelo voto dos seus apoiantes.

Quero com isto afirmar que estamos caminhando para o mesmo destino? Absolutamente não, mas é muito importante lembrar-mo-nos sempre de nossa História recente.

Principalmente pelo facto de que hoje há uma diferença fundamental em relação ao passado: os meios de comunicação que propagam o formato do indivíduo social definido e promovido nos filmes, chega, muitas vezes de graça, a um número assustadoramente maior de pessoas do que chegou no passado. E pelos mesmos meios, a capacidade de organização e propaganda de qualquer tipo de grupo, está neste momento extremamente mais facilitada.

O formato do “heroi” está perfeitamente bem definido e enraizado. Falaremos depois dos “vilões” e das “vítimas”, definidas estas no segundo episódio na série de filmes que tratava dos Melodramas. Todos participam do mesmo filme.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 19 Abr 2009 @ 09:16 PM

EmailPermalinkComentários fechados em Coincidências
Tags
Categories: Pensando alto
 18 Abr 2009 @ 10:26 PM 

http://www.optimumpopulation.org/

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1206170

A conjugação da crise económica com argumentos semelhantes, já justificou o genocídio em mais de um momento na História. Basta que surja o desespero, para que a tal maldade intrínseca se manifeste, sempre justificada por argumentos que enobrecem o carrasco, atribuem inevitabilidade na existência da vítima.

É como se neste post existisse desenhado um microcosmo das atrocidades colectivas do passado. É como imaginar que se o Anthony concorresse a algum cargo público e encontrasse em seus iconófilos os votos necessários para chegar ao poder. Perturbações mentais acredito que os dois tivessem. Não me sinto capaz de dizer em que grau, que perturbações ou, numa escala comparativa, quem era o mais perturbado. Mas consigo encontrar, com relativa facilidade, aspectos comuns no discurso de ambos, sem comparar o conhecimento ou a cultura.

Só consigo imaginar a reprodução deste tipo de acontecimento justificado pela aprovação que o carrasco sente ao ser apoiado. A reprodução deste tipo de acontecimento, que classifico de semelhante aos casos dos matadores de colegas e professores escolares, que já foi um fenómeno norte-americano, mas que começa a ocorrer na Europa, me parece que só se explica pela aprovação expressa, muitas vezes só com o intuito declarado de “ver o circo pegar fogo”, mas que reflete, no mínimo a piromania, do apoiante. Se lá tiverem pessoas dentro mais horrendo parecerá, mas mais olhares atrairá. Como os acidentes de trânsito diários, admirados pelos passantes, que tem por objectivo ver a desgraça alheia. Estas são manifestações da maldade intrínseca, em minha opinião.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 19 Abr 2009 @ 09:42 PM

EmailPermalinkComentários fechados em A maldade intrínseca
Tags
Categories: Nada

 Last 50 Posts
 Back
Change Theme...
  • Users » 2
  • Posts/Pages » 169
  • Comments » 27
Change Theme...
  • VoidVoid « Default
  • LifeLife
  • EarthEarth
  • WindWind
  • WaterWater
  • FireFire
  • LightLight

.eu



    No Child Pages.

Objetivo



    No Child Pages.