Com sua presumível morte de Stephen Hawking, acrescida de uma pitada de mitificação (condimento desnecessário por ele ser mito por natureza) e alguns muitos anos, numa época em que a sede da CGD, em ruínas, já fosse vista como um monumento a deuses de papel, talvez consigamos transforma-lo também numa espécie de Deus. Poderíamos mesmo começar a doutrina num possível epitáfio mais ou menos assim:
Talvez um Cristo, deixado a deriva em nossa companhia, pelo seu divino pai, o Deus da alquimia Isaac Newton, pagando com seu sacrifício físico o preço de carregar sobre o débil pescoço, o peso de uma mente distante de nossa compreensão. Um ator e personagem que nunca deveria ter saído dos céus, que foi de onde certamente veio para esta visita fortuita ao reino dos humanos, só para nos ensinar o que é o cosmo. Dar-nos notícias de sua imensidão, frieza, crueldade e solidão. Este foi um daqueles que se compreendêssemos em toda a sua plenitude, indubitavelmente, creríamos que era mesmo um Deus.
Nem mesmo eu seria ateu.