13 Mai 2009 @ 10:55 AM 

Deus, em toda a sua perfeição e onipotência, teria também todo o medo possível? Equilibrar-se-ia este medo com toda a coragem possível? Alguma coisa assim teria atuado de alguma forma em algum sentido? Não me parece.

Toda a bondade, quem crê atribui-Lhe. Toda maldade, originalmente atribuída, livraram-se dela ao empurrar um anjo do céu. Mas nada falaram quanto ao medo. Esqueceram-se?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 13 Mai 2009 @ 10:55 AM

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 11 Mai 2009 @ 9:04 AM 

Já faz alguns aninhos, um benfiquista amigo meu questionou-me, entre umas quantas imperiais, mais ou menos assim: vens lá do Brasil, moras na região de Lisboa, por que escolheste um time de tão longe pra torcer já que nem podes ir ao estádio ver as partidas?!

A resposta foi imediata: estou aqui desde o início de 1988. Lá, um ano antes quando já me decidira partir, fiquei evidentemente atendo ao que se passava nas terras de Vitorino Magalhães Godinho.

A História eu já conhecia. Sobre a vida cotidiana perguntei aos muitos amigos portugueses, nomeadamente donos de livrarias no Rio (como o seu Estrela e a Fátima, quem me “apresentou” a Florbela Espanca) e em Curitiba (um deles disse-me, e com razão, que se me acostumasse com a vida em Portugal, jamais quereria voltar para o Brasil).

Mas para uma coisa tão pessoal e apaixonante como um clube de futebol, não havia como perguntar aos amigos. Seria mais ou menos como se me casasse com alguém por causa de uma sugestão de um amigo. Daí o que fiz? Como ainda não existia a Internet como hoje, fui para a TV assistir a tudo o que por lá passava do esporte bretão nas terras de António Sérgio.

Até que um dia vi um jogo grande. Daqueles mesmo grandes, onde se disputava um título que o Brasil não podia nem dar opinião. De um lado estava o todo poderoso Bayern de Munique que anos antes eu vira derrotar o Cruzeiro na taça Mundial Interclubes, quando aquela ainda se jogava a duas mãos, uma em cada um dos países. Do outro lado estava um clube que eu não conhecia (apesar do Otto Glória, por ser casado com uma das melhores amigas de minha mãe, fosse frequentador de minha casa em Copacabana), mas que me chamou a atenção por dois motivos: 1) era português; 2) no segundo tempo entrou um jogador brasileiro que eu gostava muito de ver jogar, ainda dos tempos do Santos, e que, de uma forma bastante clara, representava o Brasil naquela final. Chamava-se Juary, um negrinho franzino de trato fácil com a pelota, que no alto de seus 1,68 m mais me parecia um anão frente aos gigantes alemães o que, por si só, garantia a empatia imediata

Estava satisfeito com o 1 x 0 para o Bayern da primeira etapa. Para o que procurava do “Alematlântico”, um time português para torcer, servia. Já até havia lhe decorado as cores da camisa.

Mas junto com Juary veio aquela segunda parte. Admirei dois outros jogadores os quais simplesmente não entendia o nome: um tal de Paulo “não sei o que” (que em Portugal descobri-o Futre) e o Madjer. O gol do Juary me deixou radiante, cheguei mesmo a sorrir. Mas aquele momento mágico dos quais o futebol é feito, e que ficou para a História como o lendário calcanhar do Madjer, me fizeram perder as dúvidas e… me apaixonar. Amor a primeira partida.

Se já ouvira falar do Benfica? Sim, claro, como não? Se gostava do Benfica? Claro que não. Não era lá que jogava aquele gajo que marcara dois gols ao Brasil em 66, naquele jogo em que também compreendi como o mais violento a que já assisti até hoje? Com meus olhos infantis, de onde correram lágrimas, vi aquele time de camisas vermelhas e calções brancos, tal e qual guerreiros a pilhar-nos o templo sagrado, a dar com a própria “Coluna” no deus Pelé.

Quando aqui cheguei, aquele outro time de camisas vermelhas e calções brancos onde alinhara o tal gajo, tinham até uma estátua em sua homenagem a frente do estádio, foi imediatamente escolhido como o rival, antes mesmo de escolher a paixão.

No outro lado da Avenida Norton de Matos, estava um clube que pouco me dizia, embora hoje, confesse, tem o único estádio onde fui assistir ao vivo a partidas de futebol em Portugal (tenho uma “filha” lagarta, fazer o que?). Na mesma Lisboa, e para além de um outro clube que muito me lembrava outro rival o Fluminense, pelas cores, pelo Duílio e pelo uniforme, havia um clube de azul, que imediatamente me agradou, por lá jogar um tal Dudu que pouco tempo antes viera do meu clube brasileiro de coração, o Vasco da Gama. Mas faltava naquele azul, umas listas brancas para ser aquele que me encantara.

Até que o re-encontrei. Já não tinham o Juary, mas estava o Madjer. Por lá deixei ficar o meu coração. E nestes últimos 21 anos que por aqui estou, tive pelo menos 14 ótimas razões para não me arrepender.

Podemos chamar isto de desígnio pré-concebido? Não acredito. Acredito mesmo é naquela divisão que quantifica o sucesso como 99% de trabalho e 1% de inspiração.

Vida longa ao Futebol Clube do Porto!

PS: Com todo o respeito pelo magnífico jogador de futebol que foi Eusébio e por sua admirável pessoa.

Posted By: Edgard Costa
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 30 Abr 2009 @ 12:02 PM 

Quando vejo dois jovens leões machos no Botsuana a caçar, se alimentar e a viver juntos por uns tempos, pois depois procuram formar família onde serão os machos dominantes e se separam pois não cabem dois machos dominantes numa formação social leonina, acredito que fazem-no por saber que juntos terão que fazer um esforço menor para atingir o objetivo da caça que, invariavelmente devido ao tamanho dos animais que abundam, zebras e gnus, são de maior porte do que conseguem comer antes que se estrague ou outros animais se encarreguem de fazer desaparecer.

Outros animais apresentam comportamento semelhante em bandos de diversos tamanhos.

Serão eles amigos? Sim, claro, até que interesses privados se sobreponham.

Posted By: Edgard Costa
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 30 Abr 2009 @ 11:01 AM 

Sei que eu não existia, que existo e que deixarei de existir.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 30 Abr 2009 @ 11:10 AM

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 30 Abr 2009 @ 10:49 AM 

Acredito que:

a) Estou a passar por este planeta, como qualquer ser vivo em qualquer planeta, com um único propósito: cumprir a tarefa de preservação da vida, a minha, como objetivo primário, e a de minha espécie, como secundário;

b) Todo o resto é acessório, artifício, abstração.

Posted By: Edgard Costa
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 20 Abr 2009 @ 8:55 PM 

Com sua presumível morte de Stephen Hawking, acrescida de uma pitada de mitificação (condimento desnecessário por ele ser mito por natureza) e alguns muitos anos, numa época em que a sede da CGD, em ruínas, já fosse vista como um monumento a deuses de papel, talvez consigamos transforma-lo também numa espécie de Deus. Poderíamos mesmo começar a doutrina num possível epitáfio mais ou menos assim:

Talvez um Cristo, deixado a deriva em nossa companhia, pelo seu divino pai, o Deus da alquimia Isaac Newton, pagando com seu sacrifício físico o preço de carregar sobre o débil pescoço, o peso de uma mente distante de nossa compreensão. Um ator e personagem que nunca deveria ter saído dos céus, que foi de onde certamente veio para esta visita fortuita ao reino dos humanos, só para nos ensinar o que é o cosmo. Dar-nos notícias de sua imensidão, frieza, crueldade e solidão. Este foi um daqueles que se compreendêssemos em toda a sua plenitude, indubitavelmente, creríamos que era mesmo um Deus.

Nem mesmo eu seria ateu.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 29 Abr 2009 @ 07:39 AM

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 19 Abr 2009 @ 5:02 PM 

Não deve ter sido programado para ser desta forma, mas no início desta madrugada houve uma coincidência interessante na programação do Canal Odisseia: primeiramente eles transmitiram um documentário com o título “Bandos Criminosos do Mundo”, originalmente Ross Kemp on Gangs. O episódio tratava dos grupos de “skinheads” Neo-Nazis de Moscovo.

Logo a seguir, mostraram dois episódios, de cerca de 30 minutos, sobre o cinema norte-americano. A série de 10 episódios chama-se “Das Séries B aos Filmes de Culto”, da qual foram mostrados os episódios sobre os géneros Western e Melodrama.

Esta última série tem por objetivo mostrar a História do cinema como agente promotor dos valores sociais, nomeadamente na sociedade norte-americana. A cada episódio é apresentado um género, desde sua origem até os nossos dias, assinalando as modificações pelas quais passam a realização das histórias de acordo com a própria evolução de nossa sociedade, para além de seus principais intervenientes.

Na definição do género Western, logo no início do documentário, a narração bem-humorada diz que é muito simples de se reconhecer um filme deste género: “Primeiro procurem o cowboy. É ele o herói. A história é muitas vezes a mesma: o cowboy vagueia pelas planícies para vingar o assassino … ( e covarde (?) Não compreendo o que ela diz) de sua família ou para encontrar a esposa que foi levada pelos índios. Por vezes o cowboy tem um profundo sentido de justiça e neste caso desempenha o papel de xerife”. Após a definição do herói, necessariamente, vem a do vilão: “Os maus da fita são índios ou mexicanos enquanto que o cowboy é sempre branco”.

Pouco antes, contando a História do herói, informam que são imigrantes europeus que fugiam da pobreza, da guerra e, por vezes, da justiça em seus países de origem, pessoas estas que ao não encontrar lugar nas já bem organizadas cidades do leste norte-americano, punham-se na estrada rumo a oeste (“west” em inglês, daí o nome Western) em busca da vida.

O sub-género “Western” esta em vias de extinção, sendo que neste momento estamos passando, inclusive, (como é nosso hábito e será motivo de futuro estudo) por um processo de destruição da imagem deste tipo de herói, que de macho a prova de qualquer garrafa de whisky, briga ou duelo, primeiramente perdeu um símbolo de sua masculinidade, deixou de fumar, e depois o que restava dela, pois passou a ser homosexual. Mas estas mesmas histórias são contadas até hoje em milhares de outros filmes por todo o mundo, noutros sub-géneros e isto formata e instrui toda uma sociedade global. São pelo menos 100 anos contando a mesma história do “herói” vingador que mata com facilidade os “inimigos” de outra raça que lhe privam da donzela ou de um ente querido.

O factor que provoca a coincidência ocorreu no documentário anterior. Trata-se também de uma série de documentários, premiado com o BAFTA de melhor série fatual no Reino Unido em 2007,  que aborda a questão dos gangs, e que levou o ator, autor e jornalista Ross Kemp, a diversas partes do mundo para documentar a violência que envolve estes agentes de nossa sociedade.

O episódio em questão leva-o a Moscovo e foi o segundo da segunda série de episódios, que começara, na primeira série, no meu natal Rio de Janeiro. Neste episódio, Kemp vai atrás de grupos Neo-Nazis e descobre quem está por trás de recentes ataques racistas, que, segundo ele e não só, ocorrem diariamente. Em sua investigação chega mesmo a ir a um sítio secreto da forte organização (que tem braços inclusive dentro do parlamento russo) onde treinavam e abrigavam alguns dos alegados skinheads assassinos.

É aqui que se dá a coincidência: ao entrevistar um dos membros sénior de um grupo skinhead, tenta descobrir primeiramente quem é o inimigo e depois porque ele assume aquele papel, numa conversa assustadoramente honesta de parte a parte. Nem precisou perguntar quem é o inimigo pois ao querer saber sobre um ferimento recente (ainda com os pontos) que o entrevistado tinha no joelho e sobre o tipo de combate no qual se envolvia, teve sempre como resposta a culpa do inimigo, os imigrantes. Diz o entrevistado: “Se matarmos 1, são menos 1.000 os imigrantes que vem para cá”.

O entrevistado, assumindo o papel de herói vingador que vive em perigosos combates contra o inimigo imigrante, diz que se tornou racista depois de rebeldes tchetchenos terem supostamente destruído vários blocos de apartamentos em 1999. “No primeiro bloco de apartamentos vivia uma rapariga (a donzela) que eu conhecia (*) e eu disse – “Vamos matar tchetchenos (os índios ou mexicanos).” – Peguei numa faca e decidi que ia matar um tchetcheno”.

Narra ainda que depois desta decisão, numa linearidade cinematográfica, quando estava a caminho do mercado para consumar o que decidira, encontrou um outro grupo, armados de bastões, que o viram com uma faca e perceberam mutuamente a comunhão das intenções. Convidaram-lhe então para ir com eles. “Fomos até ao mercado e punimos aqueles tchetchenos pelo crime cometido pelos seus compatriotas”.

E cá está a coincidência, seja na identificação do inimigo, seja na atitude tomada em relação a ele, em tudo concordante com a posição expressa pelos filmes de cowboy, onde são mortos muitos índios por terem levado uma mulher. A lógica formulada é simétrica e se reproduz em diversas outras situações.

Num monólogo consternado interpretado pelo John Wayne, destacado na introdução da série sobre Western, vemos o seu personagem dizer o seguinte a cerca de sua mulher: “Quando estava a morrer, as suas últimas palavras foram: Encontra-os DJ. E os estou a procurar desde então. Isto não é somente o meu trabalho, mas é parte de minha vida”. Façamos um mashup nos discursos. Poderia resultar numa coisa mais ou menos assim:

– No primeiro bloco de apartamentos vivia uma rapariga que eu conhecia. Quando estava a morrer, as suas últimas palavras foram: Encontra-os SH. E eu disse – “Vamos matar tchetchenos.” – Peguei numa faca e decidi que ia matar um tchetcheno. E os estou a procurar desde então. Isto não é somente o meu trabalho, mas é parte de minha vida.

Parece que resulta perfeitamente. Vejo até mesmo a imagem de um com a voz de outro num filme no YouTube.

Alguns destes homens são liderados por um senhor que diz ter pretensões políticas objetivas, tem planos concretos para o que fará quando assumir o poder na Russia, tem apoiantes, muitos a conferir pelo dinheiro gasto na qualidade de todo o equipamento e instalações mostrados ao longo do documentário, tendo inclusive braço político que representa as suas ideias na Duma, segundo Kemp, retiradas do Mein Kampf.

Mas uma outra coincidência, maior e que mais me perturba, é a de que no esteio de uma profunda crise económica em tudo semelhante a que passamos agora, embora a origem seja mais ou menos diferente (lá provocada pelos industriais, aqui pelo sistema financeiro, elites, cada um em seu tempo, no âmbito do Liberalismo), um senhor com estas ideias, talvez não o primeiro, mas certamente o mais famoso deles, chegou ao poder pelo voto dos seus apoiantes.

Quero com isto afirmar que estamos caminhando para o mesmo destino? Absolutamente não, mas é muito importante lembrar-mo-nos sempre de nossa História recente.

Principalmente pelo facto de que hoje há uma diferença fundamental em relação ao passado: os meios de comunicação que propagam o formato do indivíduo social definido e promovido nos filmes, chega, muitas vezes de graça, a um número assustadoramente maior de pessoas do que chegou no passado. E pelos mesmos meios, a capacidade de organização e propaganda de qualquer tipo de grupo, está neste momento extremamente mais facilitada.

O formato do “heroi” está perfeitamente bem definido e enraizado. Falaremos depois dos “vilões” e das “vítimas”, definidas estas no segundo episódio na série de filmes que tratava dos Melodramas. Todos participam do mesmo filme.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 19 Abr 2009 @ 09:16 PM

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 16 Abr 2009 @ 8:16 PM 

Em minha opinião, o fato de sermos a única espécie, em milhares existentes, capaz da abstração necessária para imaginar, conceber e acreditar em deuses ou em supra/sobre/super natureza, não faz de nós uma espécie privilegiada, mas sim defeituosa.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 16 Abr 2009 @ 08:49 PM

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 11 Set 2008 @ 8:25 PM 

Noutro dia, lendo os comentários de um blog, lá pelas tantas li um sujeito escrever: -“Construtora, que vem de contruir…”, o que me levou a pensar no seguinte: O que deve vir primeiro é a substância, depois o agente e depois a ação. Portanto “construtora”, que é uma agente, descende de “construção”, que é a acção e a substância (embora seja um substantivo representa também a acção). Se depois vem o agente ou a acção é um pouco como discutir a questão do ovo e da galinha, mas que sem substância não há nada, isto me parece verdade.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 15 Set 2008 @ 05:59 PM

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 22 Jun 2008 @ 8:27 PM 

Em dois dos golos sofridos por Portugal contra a Alemanha, no passado dia 19/06, o primeiro e o terceiro, o lateral direito, improvisado na esquerda, Paulo Ferreira estava, estranhamente, a marcar o autor do golo. Estranhamente porque naquela posição quem deveria estar a marcar o atacante seriam os centrais.

Mas o que se deve notar, e que não vi ninguém na imprensa portuguesa a mencionar, foi o facto de que o único jogador de Portugal que deveria estar muito zangado com o treinador Scolari deveria ser exactamente o Paulo Ferreira.

Quando da contratação de Bozingwa pelo Chelsea, o Paulo Ferreira deve ter pensado que alguém em Stanford Bridge estaria muito chateado com ele, uma vez que ainda não havia um técnico escolhido e já o haviam barrado no time titular, uma vez que contrataram um jogador que jogava na mesma posição que ele e era, pelo menos na selecção portuguesa, titular da posição e ele o reserva. Quando soube que o futuro técnico, e possivelmente a pessoa que indicara Bozingwa ao Chelsea, era o mesmo técnico da selecção portuguesa deve, no mínimo, ter perdido a vontade de se esforçar para jogar bem fora de sua posição.

Terão os alemães se apercebido disto? Será que colocaram o seu colega de equipe Ballack em suas costas imaginando que ele, Paulo Ferreira, nem se esforçaria para pular para a cabeçada, quando mais jogar-se para o chão afim de sublinhar a vermelho a falta que sofrera? Se eu me apercebi por que os competentes profissionais alemães não se aperceberiam disto? Estaria o Ricardo a ser solidário com o Paulo Ferreira?

Acredito que efectivamente houve uma enorme rachadura no grupo com o anúncio feito pelo Chelsea, minutos depois de Portugal ter atingido aquilo a que Scolari definira dias antes como objectivo mínimo.

A escolha como sacrificado na selecção portuguesa exactamente daquele a quem preterira no futuro clube talvez tenha sido o grande erro de um Scolari já realmente mais preocupado com o futuro do que com o presente.

PS: Sou brasileiro.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 18 Jul 2008 @ 10:51 AM

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