28 Jul 2009 @ 11:41 AM 

Uma chamada anónima diz que morreu um revolucionário da dança.

Segurança elogia trabalho de ministro que esteve no TCIC, em diligência com juiz, para garantir o direito de vir a pedir indemnização.

Cinco antigos querem ver se é verdade o que dizem na blogosfera, afim de contestar no início do próximo ano.

Hulk, por duas vezes, derrota os ataques islamitas o que coloca o piloto fora de perigo.

Mas o que importa de verdade, e que a chamada anónima informou, é que o bailarino e coreógrafo morreu aos 90 anos.

No mais, os boatos e mistérios adensam-se em torno da morte.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 28 Jul 2009 @ 12:08 PM

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 25 Jul 2009 @ 12:06 AM 

Ontem, a seguir a primeira vez em que veicularam a informação da trágica consequência da aplicação de um medicamento no Santa Maria, a RTP incluiu uma peça, no jornal das 13:00 hs, que dava conta que 10% das internações nos hospitais portugueses acabavam mal, por erros médicos. Hoje, no jornal das 20:00, a seguir a uma notícia sobre o mesmo assunto, apresentou uma matéria sobre o tempo que um processo jurídico que tenha como objeto os erros médicos, que gira em torno de 10 anos. Para além das notícias acessórias que davam conta que já começam a politizar esta questão. Parece que já se chatearam com a ministra que elogiei a dias atrás.

Sob o meu ponto de vista, esta sequência nada inocente de notícias presta um excelente serviço de desinformação. Aberto inquérito no Hospital Santa Maria, para averiguar a ocorrência, parece que a RTP já tem a sentença em mãos, se calhar de uma “fonte” do hospital!!! E já julgaram que a origem do problema é erro médico, que isto acarretara a demissão do presidente da comissão de avaliação do Infarmed. Só falta concluir que a ministra da saúde deve pedir demissão e que o primeiro ministro vai perder as eleições que vem por aí.
O período eleitoral é sempre o mais profícuo na criação absurda de casos absurdos, que expõem o sofrimento das pessoas colocando-os a serviço da angariação de audiência. E assim vão se fazendo as notícias. Quando isto vai acabar?

PS: Pronto, já apareceu um gajo associando a infeliz cegueira de seis pessoas ao primeiro ministro. Só falta agora o pedido de demissão da ministra. Tão previsiveis eles são. Só espero que não tenham cegado seis pessoas com fins eleitorais. Espero…

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 25 Jul 2009 @ 08:45 PM

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 22 Jul 2009 @ 4:53 PM 

E para que fique claro o que penso sobre os jornalistas que produzem notícias falsas afim de vender jornais, e sei que este não é o caso do Marco Santos, tudo está resumido numa frase que ele mesmo proferiu, nos comentários deste postal :

“É ter o cuidado de tirar dúvidas com uma pessoa antes de fazer acusações publicamente.”

Isto resume tudo o que penso a respeito daqueles que inventaram “notícias” sobre Michael Jackson, ou sobre qualquer outra pessoa, que ganham dinheiro, ou outra coisa qualquer, com isto, e de uma forma muito objetiva contribuiram para sua morte.

Peço aqui, e já o fiz em diversos lugares, que antes de criticarem seja lá quem for, tentem saber deste o que pensa a respeito daquilo que está pronto a afirmar e qual são suas razões. Sei que dá trabalho, mas é a única forma eticamente correta de agir.

Moral da história: nunca forme opinião sobre uma pessoa, ou personalidade, a partir da opinião de outros. Esta última pode estar contaminada com interesses e/ou paixões do indivíduo que opina.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 22 Jul 2009 @ 05:10 PM

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 18 Jul 2009 @ 4:28 PM 

Janet e Michal Jackson juntos na abertura do clip Scream.24 de Fevereiro de 1993, cerimónia da entrega dos 35º Grammy. Janet Jackson introduz a apresentação do Grammy para lendas deste ano, seu irmão Mickel Jackson. Depois de uma revisão da brilhante carreira até então, como se aquilo fosse um manual de como se tornar uma lenda, Janet chama seu irmão que entra no palco aplaudido de pé por toda a indústria, inclusive por monstros sagrados da música, como Eric Clapton, e atira com o seguinte discurso:

“Bem… eu também te amo. – respondendo a irmã e a pessoas no plateia que gritavam “Michal I love you” – Obrigado, Espero que isto acabe definitivamente com outro rumor que está na imprensa a muitos anos. – Chama a irmã, abraça-a e sorrindo diz – Janet e eu somos realmente duas pessoas diferentes.” – E ri-se francamente, de uma piada em privado. E segue seu discurso:

“No último mês passei de “onde ele está?” para “ei-lo novamente” – risos na plateia – Mas eu preciso confessar que é bom ser tratado como uma pessoa, e não como uma personalidade. Não leio tudo o que escrevem sobre mim. Eu não sabia que o mundo me achava tão estranho e bizarro. Mas quem cresce diante de 100 milhões de pessoas desde os cinco anos de idade, é automaticamente diferente. Nas últimas semanas, eu me purifiquei. Foi um renascimento. – referindo-se a entrevista dada a Oprah Winfrey onde ele revelara muitos dos absurdos que diziam a seu respeito, incluindo a revelação de que contraíra uma doença de pelo, o vitiligo, que o manchara todo de partes mais claras e que isto não significava a negação de sua origem racial, mas sim uma doença – Purifiquei o espírito. Também amo vocês. – novamente respondendo a gritos da plateia – Eu não tive infância alguma. Não havia Natal, aniversários, não foi uma infância normal. Os prazeres da infância foram trocados por trabalho, luta e dor e um eventual sucesso material e profissional. O preço e não poder recriar essa parte da vida, nem eu trocaria nenhuma parte dela. Quando crio uma música hoje, sinto-me um instrumento da Natureza. Que prazer sente a Natureza quando expressamos o talento que Deus nos deu. O som de aprovação ecoa em todo o Universo e o mundo se enche de magia. Nosso coração fica maravilhado quando vislumbramos a alegria da vida. É por isso que adoro crianças e aprendo tanto com elas. – Porque são inocentes, ainda isentas de maldades, diria eu – Percebo que a maioria dos problemas do mundo de hoje, da criminalidade urbana às guerras e terrorismo, e as prisões superlotadas, resulta do fato das crianças terem sua infância roubada. A magia, o mistério e a inocência do coração de uma criança são as sementes de criatividade que vão curar o mundo. – Heal the world, nome de uma de suas músicas obrigatórias em todas as apresentações ao vivo. – Creio realmente nisso. – Aplausos. – Também amo vocês. – Depois de mais gritos da plateia – Temos muito o que aprender com as crianças. São o nosso elo com a sabedoria mais profunda que está sempre presente. – Elo com a real Natureza Humana, ainda sem os artifícios da civilização. – Sabem o caminho para soluções que estão em nossos corações. Quero agradecer a todas as crianças do mundo inclusive aos pobres e doentes. Sua dor me sensibiliza muito. Agradeço também a todos que me ajudaram a canalizar meu talento. De início aos meus pais, todos os meus irmãos e irmãs, especialmente a Janet. Tenho tanto orgulho dela. Quando pequenos, ela era a Ginger Rogers, e eu, Fred Astaire. – E depois segue com os agradecimentos de praxe a todos da indústria discográfica que o ajudaram em sua carreira e fizeram de seu último disco Dangerous um sucesso, sei esquecer daquele a que chamou de “maravilhoso Quincy Jones, que produzira os seus discos anteriores mas não este último e a todos os fãs no mundo. – Eu amo vocês todos”.

Depois disto foi o que se viu. Um descalabro onde disseram que ele “amava” tanto as crianças, que até dormia com elas. O que era verdade: como ele admitiu algumas crianças dormiam em seu rancho de diversões, Neverland. Mas ninguém conseguiu ver isto com inocência. A conotação sexual de um artista que francamente mostrava ter problemas com a própria sexualidade (ver-se-ia um anjo?) destruiu sua carreira, seu discurso, sua História.

Tenta-se agora, com sua morte, rever e recuperar algum do respeito que conseguiu reunir ao longo da carreira. Espera-se que mais uma vez seja a primeira impressão que perdure e não a impressão que aquela mesma imprensa que ele tantas vezes criticara fez questão de criar. Fizeram questão de criar uma anti-moda Michael Jackson. Tornaram vergonhoso admirar, falar bem, gostar de sua música, embora nunca se tivesse provado nada, na Justiça, contra ele.

Se ele errou? Claro, todos nós erramos. E o seu maior erro foi desafiar a imprensa, preferindo tomar chá na mesma xícara com seu macaco, o famoso Bubble, do que sentar-se ao lado de qualquer jornalista. Nunca o perdoaram. Nem aqueles a que ele mandou irem se foder em Leave me Alone, nem nenhum outro, em parte alguma do mundo, que hoje, não conseguem ver que ele realmente foi um Artista tremendamente talentoso e tudo fez em sua vida para entreter as pessoas e dar alguma felicidade, com raras exceções. Louvável.

Continuar a dizer que Michael e Janet eram a mesma pessoa, ao ponto deles terem de fazer juntos o fantástico clip da música Scream, para mais uma vez provar o contrário e mostrar que eram capazes se fazer as mesmas coisas, como passes de dança quase impossíveis, como levantarem-se do chão da posição de joelhos para a de pé, juntos, continuar a dizer isto, para quem tem a obrigação de informar e de ter o conhecimento de momentos como este, ou este, é nó mínimo perversos. Muito maldoso. Vende jornais, é certo, mas aproveita-se da ignorância das pessoas para fazê-lo. Logo aqueles que deveriam ter a nobre função de informar. Podres jornalistas que ajudam a criar a nossa artificial civilização, por vezes sem escrúpulos, com mentiras. Como acreditar nestes rebentos da marafona?

Michael e Janet noutra cena do clip ScreamDos risos sinceros vistos nas imagens do discurso que encontrei no YouTube em 1993, a imagem de desespero expressa na foto do clip de Scream, música feita em 1995 já depois das acusações de abuso sexual das mesmas crianças que ele aqui dizia amar, e das insistentes afirmações de que Michael e Janet eram as mesmas pessoas, vai uma distância incrível e demostra o assassinato que foi cometido a carreira e, antes de mais nada, a ambas as pessoas. Primeiro Michael, depois Janet, com aquele infeliz episódio com Justin Timberlake. Nunca mais os vimos com tanto vigor depois daquele fabuloso clip.

Tento entender o porque crucificamos todos os ídolos que nós próprios criamos. Por que?

Aqui o fabuloso clip de Scream. A letra traduzida pode ser encontrada aqui. Clique em “Menu” para escolher outro vídeo de Michael Jackson.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 23 Set 2010 @ 10:55 PM

EmailPermalinkComentários fechados em Michael e Janet Jackson, sua versão e a imprensa ou, Why you wanna trip on me?
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 18 Jul 2009 @ 1:45 PM 

Já disse aqui antes, que existe um blogue que me serve, ou serviu, de inspiração pra este aqui: o Bitaites do jornalista Marco Santos, do 24 Horas, que, excelente escritor, produz por vezes crónicas soberbas em seus postais.

Dia desses escreveu uma crónica muito boa mesmo (alguns leitores e comentaristas habituais, inclusive, disseram que talvez tivesse sido a melhor delas) onde ele expunha com maestria a frágil condição humana de um taxista que descrevia suas fantasias sexuais para ele, Marco. Ilustrando o postal, incluiu uma fotografia de uns senhores a babar por trás de um vidro, por uma stripteaser nua.

A foto chegou mesmo a dar título ao postal, onde o jornalista expunha, do taxista e dos mirões que observavam a mulher, uma engraçada, para não dizer ridícula, situação de admiração por aquilo que deveria ser a mais comuns das coisas para os homens: a nudez e o sexo feminino, não fossemos nós unicamente feitos para reproduzir e dar continuidade genética a nós próprios e a nossa espécie.

Mas, como todo o humano, o jornalista também erra. Dois ou três postais a seguir, colocou uma foto de umas meninas em biquínis de motivos ludopédicos, pintadas no soutien com umas bandeirinhas de países europeus, convidando aos leitores, aos quais chamou mirones, que são, segundo o dicionário, aqueles que, sem jogar, observam o andamento de um jogo ou mirão, a imaginar somente aquilo que estariam por trás das bandeirinhas. Isso num postal chamado “vamos lá puxar pela cabeça”, que bem poderia ser lido como puxar o coiso pela cabeça e mandar uma punheta com a mesma imaginação que aqueles da foto anterior utilizaram, imaginando-se agarrando as mamas da stripteaser, imaginando o formato de seu útero, pensando em sexo, enfim. Senti-me ofendido e demostrei isto ao dizer somente ver na realidade as bandeirinhas.

Bom, para encurtar a conversa: lá pelas tantas nos comentários do postal, senti-me no direito e no dever de dizer que achara aquele postal uma merda, com a mesma sinceridade com que elogiara a crónica anterior.

Até aí nada: um postal magnífico e comentários a condizer, um postal de merda e igualmente comentários a condizer. Mas o que me espantou, e que me motivou a escrever isto aqui, é que depois de elogiar o postal anterior não fui punido nem premiado porém, imediatamente depois de criticar o seguinte, fui banido do blogue do jornalista. Já não consigo aceder ao site desde minutos depois de ter feito a crítica, provavelmente banido por um dos muitos plugins do WordPress que o jornalista usa para se proteger de comentaristas mal humorados. Engraçado… 🙂

Faz-me lembrar as nefastas consequências que algumas pessoas públicas sofrem ao ter a coragem de dizer que aqueles que detêm o poder da formação da opinião pública, por vezes também erram e/ou jogam a favor de seus próprios interesses. E, o que para mim é pior, são corporativistas, defendendo a classe de todas as formas quando sentem-se ofendidos por algúem que ofende a outro jornalista, o que só me faz lembrar do fascismo. 🙂

PS: Por favor, entrem nos comentários para lerem o referido Marco “Bitaites” Santos dizer de sua justiça.

PS2: depois de um longo eclipse, já consigo chegar no Bitaites. O Marco empurrou a responsabilidade para os senhores lá da empresa que gere o servidor do Bitaites (quem bloqueava o meu acesso não era de um plugin mas de uma firewall) que, por sua vez empurraram o problema para o além. Disseram que havia realmente a possibilidade de alguém estar bloqueado, alguns até estavam, mas eu (o meu IP, quero dizer) não estava. Daí apagaram todos os registos de IP bloqueados e, milagrosamente, eu consegui entrar novamente. Eles lá disseram que procuraram e o meu IP não constava entre os que estavam impedidos de entrar mas, se depois de suprimidos todos os bloqueios, voltei a entrar, não foi por que um milagre aconteceu, mas sim por que eles não encontraram onde estava o bloqueio de meu IP e apagaram tudo pra ver se resolvia. Resolveu mas, tenho certeza, se é que eles sabem porque isto aconteceu, não quiseram dizer.

Mas uma justiça tem que ser feita: não fui bloqueado, acho, por ter dito que o tal postal era uma merda. Foi por outra merda qualquer…

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 29 Jul 2009 @ 09:50 AM

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 17 Jul 2009 @ 9:52 AM 

Musicalmente fabuloso, a maior mensagem que pude captar do grande espetáculo que ontem assisti, Branford Marsalis e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, regida por Cesário Costa, tocando músicas de Heitor Villa-Lobos, entre outros, mais eu dizia, a maior mensagem que captei, e pude transmitir ao meu filho mais velho, foi uma clara mensagem de humildade.

Pois estava alí, diante de nossos olhos um dos maiores saxofonistas do mundo. Depois de uma primeira música, de um excelente compositor brasileiro, Camargo Guarnieri, não tão conhecido quanto Villa-Lobos, mas que já me surpreendeu, entrou o Brandford Marsalis para tocar os três movimentos, sem partitura, ao estilo jazz, as Fantasias para saxofone, do Villa-Lobos, de uma forma sublime. Seguiu-se a sua interpretação da Aria da Bachiana Brasileiras nº5 (*), obra-prima, a qual eu já havia ouvido em diversas interpretações, ao vivo e gravadas, inclusive com a própria Maria Lúcia Godoy ao vivo no Teatro Municipal no Rio, mas que, pelo momento, pela música, por quem a tocava e, sobretudo, a forma respeitosa que tocava, me levou às lágrimas.

Mas a mensagem veio a seguir. Depois de um pequeno intervalo para reorganização do espaço para um formato de orquestra de câmara, os músicos entraram e se sentaram a espera do maestro. Entre eles, e no meio da orquestra estava sentadinho o Branford Marsalis. Meu filho não havia dado por ele, a não ser quando começou a tocar. Ao final da peça, depois dos aplausos dados a peça, o maestro Cesário Costa saiu do palco e todos os músicos permaneceram sentados. Inclusive, e a exemplo de todos os outros o próprio Marsalis. Foi preciso o maestro voltar a sala e apontar para o centro da orquestra, para que Branford Marsalis se levantasse e recebesse a sua parcela, exclusiva digamos assim, de aplauso, o qual não o fez sem antes pedir que todos se levantassem junto com ele. Naquele momento ele não era a mesma estrela que tocara a frente da orquestra, como fizera até então, mas apenas mais um dos músicos daquele conjunto que tocara com brilhantismo.

Imediatamente pude dizer ao meu filho: -”Humildade. Uma das características comuns a todos os melhores do mundo em sua espécie. As pessoas tem que saber que ainda há o que aprender e melhorar sempre, para que possam continuar a subir, independente da idade que tenham. O dia em que as pessoas se convencem de que são as “melhores do mundo” em seja lá o que for, começam imediatamente a entrar em declínio.”

É preciso, antes de mais nada, humildade para se chegar onde aquele senhor chegou, para além, é claro, de horas e mais horas de treino e estudo, as quais sem humildade é muito difícil suportar.

PS: Ontem ainda assisti a um grande filme chamado It’s a Free World

(*)Uma brilhante interpretação de Amel Brahim, e aqui abaixo a letra, de Ruth Valadares Corrêa, que foi quem interpretou-a pela primeira vez:

Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d’alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza…
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!

Todo o trecho em bold (negrito) é cantado em uma só nota, descobrindo-se de onde o Tom Jobim tirava algumas ideias. 🙂

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 17 Jul 2009 @ 10:45 PM

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 16 Jul 2009 @ 3:41 PM 

O pior de nós próprios se encontra nos momentos em que forjamos as nossas sensações, as nossas emoções. Não, não falo dos atores que interpretam as emoções dos personagens, que tão melhor o faz quanto mais convincente se torna a interpretação, quanto mais verdadeiramente caraterizam o personagem, emprestando-lhe realidade. Não, não falo disso, pois vejo neste tipo de atuação uma arte

Falo da interpretação de segunda que por vezes fazemos de nossas próprias sensações. Das interpretações foleiras que fazemos daquilo a que imaginamos que deveríamos ser, ou que gostaríamos de ser. Pior ainda quando interpretamos um personagem online, que diz e age em função daquilo a que imaginamos que nossa plateia gostaria que que fossemos, quando dizemos aquilo a que imaginamos que nos esperam falar. Daí somos o pior que há. Somos uma espécie de zumbis vivos que fingimos ser alguma coisa que na realidade não existe. Mero fruto de nossa imaginação que atua em função daquilo a que imaginamos que queiram que nós fossemos.

E isto acontece na dia a dia, com as pessoas comuns, mas sobretudo com duas espécies de artistas cotidianos: com as estrelas da música pop e com os políticos. É deprimente.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 16 Jul 2009 @ 11:50 PM

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 13 Jul 2009 @ 12:50 PM 

Sou da opinião, e de uma forma bastante objetiva este blogue serve para justificar isto, de que a civilização é um artifício necessário ao ser humano, afim de que este possa conviver em sociedade. Artifício porque se não houvesse as leis que regulam a civilização ou os agentes sociais que os mantém, que policiam o cumprimento do acordo social, viveríamos na barbárie. A violência sobreporia a paz, somente os mais fortes sobreviveriam, não fossemos nós um animal igual a todos os outros.

Digo isto porque sei que o que se diz na maior parte das vezes não é verdade. Costumo dizer, numa metáfora para explicar o raciocínio, que quando nascemos choramos pela primeira vez para darmos sinal de vida, pela segunda vez por termos fome e pela terceira vez, muito inteligentes e sabedores que nossos desejos são satisfeitos com o choro, já por manha, para conseguir algo mais que alimento. Atenção, carinho, calor, proteção talvez, mas nesta terceira vez já utilizamos o choro para atingir a um propósito diferente do original, conscientemente e, portanto, já mentimos.

Digo sempre aos meus filhos que não importa o que as pessoas dizem. O que importa é o que elas fazem. São as atitudes, principalmente aquelas tomadas em situações extremas, sob pressão, é que demostram nosso carácter, nossa índole, nossa craveira, daquilo de que somos feitos.

Digo isto neste momento pois acabo de saber, através do New York Times, que o número de negros desempregados nesta cidade cresce muito mais rápido do que o número de desempregados brancos. Em minha opinião isto demonstra que a qualificação das pessoas pelo aspecto racial permanece vivo nos EUA, pelo menos nesta cidade, e que tudo o que se fez e disse sobre o final do racismo naquele país, até mesmo na escolha de um presidente negro, é artificial, não corresponde aos verdadeiros sentimentos das pessoas. Pode ser que algum dia isto seja verdadeiro, mas por enquanto e em Nova York ainda não é.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 13 Jul 2009 @ 02:43 PM

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 04 Jul 2009 @ 11:06 AM 

Nos ensinam. Todos os dias, por todos os meios, sobretudo na TV. Mas nos ensinam. Fazem-nos crer que a melhor solução para todas as situações é sermos hipócritas, artificiais, irreais, imaginários.

Um dia, para voltar a ser felizes, teremos que retornar a barbárie onde, quando queríamos uma coisa que não tivéssemos, manifestaríamos nosso desejo com espontaneidade, e faríamos o que estivesse ao nosso alcance para satisfaze-lo. Caso não estivesse ao nosso alcance, desenvolveríamos um método para conseguir atingir nosso objetivo. A este método, verificado, chamamos Ciência, difundido, chamamos Cultura. Isto é uma lei da Natureza e ocorre em todas as espécies animais.

Quiséssemos nos alimentar e transformaríamos a natureza de forma a tirar o melhor proveito disso para este fim. Mas sem destruí-la ou nos apropriarmos dela, para que ela continuasse a dar seus frutos incólume e disso tiraríamos partido no futuro, todos nós.

Quiséssemos demonstrar carinho e afagaríamos os cabelos de uma criança, sem temermos que estivéssemos a ser observados, o que nos podeira custar uma acusação de pedofilia pelos inimigos.

Quiséssemos amar uma pessoa e diríamos isto francamente, envergonhados talvez, mas nunca temerosos de sermos processados por assédio sexual.

Quiséssemos dar a nossa opinião e a daríamos com paixão, sem temer os argumentos contrários como se estes colocassem em causa a nossa integridade, sanidade, cultura ou inteligência.

Quiséssemos trabalhar para obtermos a nossa vida e o faríamos com prazer, sem verificar a todo o minuto que o maior benefício que proporcionamos com nosso trabalho não é para nossa família, mas para a família daqueles que a única coisa que tem a mais que nós é dinheiro. Isto explode em nossos olhos pelo brilho dos bens iconográficos, aos quais somente alguns tem acesso, e que são obrigatoriamente utilizados por aqueles que precisam demonstrar o seu sucesso financeiro. Sabedores que a obtenção deste sucesso demostrado nas joias, quase sempre é feito de forma irregular, ilegal ou recorrendo a batota e a exploração, faz-nos mesmo muito infelizes.

Quiséssemos sermos nós próprios e o faríamos com orgulho, sem tentarmos nos transformar num ícone de aparência pré estabelecida criada por padrões discutíveis.

Mas não. Nos ensinam, todos os dias, na TV, nos jornais, nas escolas, nos blogues, nas conversas com as pessoas, nas declarações daqueles que deveriam estar a defender os nossos interesses, que mais vale a vitória de um argumento, do que a prevalência de uma boa ideia. Vejo-os a utilizar a palavra, mesmo que baseados em falsidades ideológicas ou fatuais, ou falcatruas, somente para vencer o que deveria ser um debate. Como se nossa sobrevivência se perpetuasse com palavras.

Há aqueles que trabalham, é certo. Há aqueles que dedicam seu tempo a consolidar e a desenvolver o nosso conhecimento, afim de transforma-lo em benefícios práticos para todos nós. Há, tenho certeza que há, e não se trata de nenhuma miragem ou esperança. Só que estes, por não aparecerem na TV, ou noutros sítios, em posição de destaque, fazem-nos sentir que afinal realmente não existem, não passam de objetos de nossa ingenua imaginação.

Actualização: Querem um exemplo de ação contra algumas das coisas que aqui apontei, descoberto depois que escrevi isto aqui. Aconselho vivamente a visualização e promoçãpo do vídeo que lá se encontra.: http://www.earth-condominium.com/

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 04 Jul 2009 @ 02:16 PM

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 01 Jul 2009 @ 5:02 PM 
National Geographic

National Geographic

Para assunto de capa da edição portuguesa da National Geographic deste mês de Julho, a edição número 100, foi escolhido Afonso Henriques. A reportagem leva o título de Factos e mitos 900 anos depois.

A foto da capa reproduz um “pormenor da genealogia de Afonso Henriques de acordo com o iluminador Simon Bennig. A iluminura data de 1500 a 1520 e foi elaborada para o infante D. Fernando.”

Esta reportagem se me apresenta como uma confirmação a tese que defendo, de que Portugal tem este desenho peculiar devido a ter se formado como uma imensa fortificação, pontilhada de postos de comando por todo o interior, visíveis uns aos outros, e enquadrando-se numa perspectiva mais vasta com todo o movimento das Cruzadas. Como lá está escrito: “Nenhum historiador que estude o século XII desliga o processo da reconquista cristã do quadro mais vasto das Cruzadas.”

Fiz questão de destacar esta excelente reportagem por se tratar de um documento importante para que se compreenda a origem cristã e bélica deste gigantesco pequeno país.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 01 Jul 2009 @ 05:20 PM

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