Há muitas. Mas uma delas dá conta de que a diferença racial se deveria ao fato de que o homem original africano, negro portanto, teria se “desfeito” de suas aberrações, como aliais era feito ainda na civilização romana, matando ou deixando ao acaso todos aqueles que nasciam fora do padrão.
Todos os filhos defeituosos eram simplesmente mortos ou, protegidos por seus pais, afastados do conjunto principal das civilizações, sendo que isto ainda é feito isto em algumas sociedades primitivas nos dias de hoje.
Uma destas “aberrações”, ou pessoas defeituosas portanto fora dos padrões, seriam os albinos. Por obra do acaso, um conjunto deles, expulsos de suas nações, teria procurado ao norte terras mais frias para viver, já que ao sul só havia mar. O que justifica isto é o fato de que a ausência de cor na pele, lhes conferia também uma menor proteção quanto a forte exposição solar das terras da África central.
A teoria, assim, determinaria que os homens brancos, evoluídos a partir dos albinos africanos, seriam na verdade refugo das civilizações originais negras africanas.
De alguma forma esta reportagem no Boston.com, confirma esta antiga teoria.
Se o Hitler acreditasse nisso…
Uma chamada anónima diz que morreu um revolucionário da dança.
Segurança elogia trabalho de ministro que esteve no TCIC, em diligência com juiz, para garantir o direito de vir a pedir indemnização.
Cinco antigos querem ver se é verdade o que dizem na blogosfera, afim de contestar no início do próximo ano.
Hulk, por duas vezes, derrota os ataques islamitas o que coloca o piloto fora de perigo.
Mas o que importa de verdade, e que a chamada anónima informou, é que o bailarino e coreógrafo morreu aos 90 anos.
No mais, os boatos e mistérios adensam-se em torno da morte.
Ontem, a seguir a primeira vez em que veicularam a informação da trágica consequência da aplicação de um medicamento no Santa Maria, a RTP incluiu uma peça, no jornal das 13:00 hs, que dava conta que 10% das internações nos hospitais portugueses acabavam mal, por erros médicos. Hoje, no jornal das 20:00, a seguir a uma notícia sobre o mesmo assunto, apresentou uma matéria sobre o tempo que um processo jurídico que tenha como objeto os erros médicos, que gira em torno de 10 anos. Para além das notícias acessórias que davam conta que já começam a politizar esta questão. Parece que já se chatearam com a ministra que elogiei a dias atrás.
Sob o meu ponto de vista, esta sequência nada inocente de notícias presta um excelente serviço de desinformação. Aberto inquérito no Hospital Santa Maria, para averiguar a ocorrência, parece que a RTP já tem a sentença em mãos, se calhar de uma “fonte” do hospital!!! E já julgaram que a origem do problema é erro médico, que isto acarretara a demissão do presidente da comissão de avaliação do Infarmed. Só falta concluir que a ministra da saúde deve pedir demissão e que o primeiro ministro vai perder as eleições que vem por aí.
O período eleitoral é sempre o mais profícuo na criação absurda de casos absurdos, que expõem o sofrimento das pessoas colocando-os a serviço da angariação de audiência. E assim vão se fazendo as notícias. Quando isto vai acabar?
PS: Pronto, já apareceu um gajo associando a infeliz cegueira de seis pessoas ao primeiro ministro. Só falta agora o pedido de demissão da ministra. Tão previsiveis eles são. Só espero que não tenham cegado seis pessoas com fins eleitorais. Espero…
E soube também que, a partir de agora, a melhor maneira de ser campeão de futebol em Portugal, será a seguinte: faltando poucas jornadas para o final da competição e se encontrando a frente do adversário, faltando somente um jogo contra este adversário, na casa dele, para a definitiva decisão da vitória na competição, o melhor que a torcida do clube que vai a frente tem a fazer, e arrumar a maior confusão possível na casa alheia, antes do início da partida ou enquanto ainda esteja mesmo no início, sem gols de preferência. Quanto maior a confusão, melhor será o efeito. Se houver mortos e feridos, tanto melhor, pois ainda pode surgir um famoso bloguer espanhol qualquer a promover o evento. Desta forma os dois clubes saem penalizados igualmente e o clube que vai a frente sagrar-se-á campeão, sem que haja a repetição da partida, mesmo que sem público, para que a verdade desportiva seja estabelecida dentro de campo!!!
A partir de hoje o futebol em Portugal já não se decide mais dentro de campo, mas a porrada dentro e fora dele. A Liga Sagres de Futebol passará a se chamar Liga Licor Beirão de Wrestiling Popular.
Brilhante e precisa a abordagem do Paulo Bento, ao final do jogo com o Guimarães, a cerca da atuação do, em minha opinião, péssimo jogador de futebol chamado Miguel Veloso. Irritadamente tranquilo o técnico leonino conseguiu resumir com segura direção, que o que importa durante todo um jogo de futebol é o interesse que um jogador mostre ter em vencer, e somente isto, sem nunca desviar a sua atenção para outras coisas. Nem que sejam, estas coisas, para pensar se o cabelo está despenteado, ou se a meia está desarrumada (lembrando-me do golo de Thierry Henry contra o Brasil na último mundial de seleções). E isto tudo a falar, sobretudo no flash interview, sem gaguejar.
E para que fique claro o que penso sobre os jornalistas que produzem notícias falsas afim de vender jornais, e sei que este não é o caso do Marco Santos, tudo está resumido numa frase que ele mesmo proferiu, nos comentários deste postal :
“É ter o cuidado de tirar dúvidas com uma pessoa antes de fazer acusações publicamente.”
Isto resume tudo o que penso a respeito daqueles que inventaram “notícias” sobre Michael Jackson, ou sobre qualquer outra pessoa, que ganham dinheiro, ou outra coisa qualquer, com isto, e de uma forma muito objetiva contribuiram para sua morte.
Peço aqui, e já o fiz em diversos lugares, que antes de criticarem seja lá quem for, tentem saber deste o que pensa a respeito daquilo que está pronto a afirmar e qual são suas razões. Sei que dá trabalho, mas é a única forma eticamente correta de agir.
Moral da história: nunca forme opinião sobre uma pessoa, ou personalidade, a partir da opinião de outros. Esta última pode estar contaminada com interesses e/ou paixões do indivíduo que opina.
Comigo funcionou. A rádio, quando comecei a trabalhar com música, em 1977, era o principal meio de divulgação dos artistas e de seus trabalhos. A TV ainda não tinha tanta força. Ouvia-se na rádio e com esta memória auditiva ia-se a loja de discos e por vezes, sem saber o nome nem da música nem do artista, cantávamos o trecho que lembrávamos, por vezes somente um forte refrão, e o lojista lá encontrava o música que queríamos. Quando era de um artista já consagrado, ficava evidentemente mais fácil.
Hoje em dia, com a TV e canais especializados em diversos tipos de música, a escolha e memorização do produto que sentimo-nos impelidos a comprar é simples pela visualização do nome do artista.
Mas comigo, na quinta-feira da semana passada, a coisa quase que se passa como antigamente. Ouvi no carro, na rádio Marginal, uma interpretação muito interessante de Please Please Me, dos Beatles. Esperei o final da música seguinte, que tocou diretamente a seguir a que gostei, para saber que o nome do artista era Matt sei lá das quantas.
Digo que foi quase como antigamente por diversas razões. O que me motivou a ir procurar a canção foi a mesma rádio mas as semelhanças temporais acabaram por aí. Já não fui a loja de discos. Primeiro procurei no Google por “Please Please Me Matt”. Encontrei fácil que o nome do artista era Matt Dusk. No resultado da pesquisa já havia a informação inclusive de vídeos para que eu pudesse conhecer o artista.
Para minha decepção o vídeo não poderia passar para Portugal, por questões de direito de autor! Se me lembro bem isto só acontecera uma vez antes comigo. Mas descobri também na pesquisa que o disco onde esta música se inseria chamava-se Two Shots. Imediatamente o procurei no site da Fnac, pois tenho uma mesmo aqui ao pé. Nada. Encontrei a venda em MP3 na Amazon.com. Procurei na Amazon.co.uk, onde compro normalmente. E lá estava ele. Encomendei, na quinta-feira, e hoje, o Matt Dusk já cá canta a sua sublime interpretação de Please Please Me, para além de outras ótimas interpretações deste puto com voz de gente grande em seu excelente cd Two Shots.
24 de Fevereiro de 1993, cerimónia da entrega dos 35º Grammy. Janet Jackson introduz a apresentação do Grammy para lendas deste ano, seu irmão Mickel Jackson. Depois de uma revisão da brilhante carreira até então, como se aquilo fosse um manual de como se tornar uma lenda, Janet chama seu irmão que entra no palco aplaudido de pé por toda a indústria, inclusive por monstros sagrados da música, como Eric Clapton, e atira com o seguinte discurso:
“Bem… eu também te amo. – respondendo a irmã e a pessoas no plateia que gritavam “Michal I love you” – Obrigado, Espero que isto acabe definitivamente com outro rumor que está na imprensa a muitos anos. – Chama a irmã, abraça-a e sorrindo diz – Janet e eu somos realmente duas pessoas diferentes.” – E ri-se francamente, de uma piada em privado. E segue seu discurso:
“No último mês passei de “onde ele está?” para “ei-lo novamente” – risos na plateia – Mas eu preciso confessar que é bom ser tratado como uma pessoa, e não como uma personalidade. Não leio tudo o que escrevem sobre mim. Eu não sabia que o mundo me achava tão estranho e bizarro. Mas quem cresce diante de 100 milhões de pessoas desde os cinco anos de idade, é automaticamente diferente. Nas últimas semanas, eu me purifiquei. Foi um renascimento. – referindo-se a entrevista dada a Oprah Winfrey onde ele revelara muitos dos absurdos que diziam a seu respeito, incluindo a revelação de que contraíra uma doença de pelo, o vitiligo, que o manchara todo de partes mais claras e que isto não significava a negação de sua origem racial, mas sim uma doença – Purifiquei o espírito. Também amo vocês. – novamente respondendo a gritos da plateia – Eu não tive infância alguma. Não havia Natal, aniversários, não foi uma infância normal. Os prazeres da infância foram trocados por trabalho, luta e dor e um eventual sucesso material e profissional. O preço e não poder recriar essa parte da vida, nem eu trocaria nenhuma parte dela. Quando crio uma música hoje, sinto-me um instrumento da Natureza. Que prazer sente a Natureza quando expressamos o talento que Deus nos deu. O som de aprovação ecoa em todo o Universo e o mundo se enche de magia. Nosso coração fica maravilhado quando vislumbramos a alegria da vida. É por isso que adoro crianças e aprendo tanto com elas. – Porque são inocentes, ainda isentas de maldades, diria eu – Percebo que a maioria dos problemas do mundo de hoje, da criminalidade urbana às guerras e terrorismo, e as prisões superlotadas, resulta do fato das crianças terem sua infância roubada. A magia, o mistério e a inocência do coração de uma criança são as sementes de criatividade que vão curar o mundo. – Heal the world, nome de uma de suas músicas obrigatórias em todas as apresentações ao vivo. – Creio realmente nisso. – Aplausos. – Também amo vocês. – Depois de mais gritos da plateia – Temos muito o que aprender com as crianças. São o nosso elo com a sabedoria mais profunda que está sempre presente. – Elo com a real Natureza Humana, ainda sem os artifícios da civilização. – Sabem o caminho para soluções que estão em nossos corações. Quero agradecer a todas as crianças do mundo inclusive aos pobres e doentes. Sua dor me sensibiliza muito. Agradeço também a todos que me ajudaram a canalizar meu talento. De início aos meus pais, todos os meus irmãos e irmãs, especialmente a Janet. Tenho tanto orgulho dela. Quando pequenos, ela era a Ginger Rogers, e eu, Fred Astaire. – E depois segue com os agradecimentos de praxe a todos da indústria discográfica que o ajudaram em sua carreira e fizeram de seu último disco Dangerous um sucesso, sei esquecer daquele a que chamou de “maravilhoso Quincy Jones, que produzira os seus discos anteriores mas não este último e a todos os fãs no mundo. – Eu amo vocês todos”.
Depois disto foi o que se viu. Um descalabro onde disseram que ele “amava” tanto as crianças, que até dormia com elas. O que era verdade: como ele admitiu algumas crianças dormiam em seu rancho de diversões, Neverland. Mas ninguém conseguiu ver isto com inocência. A conotação sexual de um artista que francamente mostrava ter problemas com a própria sexualidade (ver-se-ia um anjo?) destruiu sua carreira, seu discurso, sua História.
Tenta-se agora, com sua morte, rever e recuperar algum do respeito que conseguiu reunir ao longo da carreira. Espera-se que mais uma vez seja a primeira impressão que perdure e não a impressão que aquela mesma imprensa que ele tantas vezes criticara fez questão de criar. Fizeram questão de criar uma anti-moda Michael Jackson. Tornaram vergonhoso admirar, falar bem, gostar de sua música, embora nunca se tivesse provado nada, na Justiça, contra ele.
Se ele errou? Claro, todos nós erramos. E o seu maior erro foi desafiar a imprensa, preferindo tomar chá na mesma xícara com seu macaco, o famoso Bubble, do que sentar-se ao lado de qualquer jornalista. Nunca o perdoaram. Nem aqueles a que ele mandou irem se foder em Leave me Alone, nem nenhum outro, em parte alguma do mundo, que hoje, não conseguem ver que ele realmente foi um Artista tremendamente talentoso e tudo fez em sua vida para entreter as pessoas e dar alguma felicidade, com raras exceções. Louvável.
Continuar a dizer que Michael e Janet eram a mesma pessoa, ao ponto deles terem de fazer juntos o fantástico clip da música Scream, para mais uma vez provar o contrário e mostrar que eram capazes se fazer as mesmas coisas, como passes de dança quase impossíveis, como levantarem-se do chão da posição de joelhos para a de pé, juntos, continuar a dizer isto, para quem tem a obrigação de informar e de ter o conhecimento de momentos como este, ou este, é nó mínimo perversos. Muito maldoso. Vende jornais, é certo, mas aproveita-se da ignorância das pessoas para fazê-lo. Logo aqueles que deveriam ter a nobre função de informar. Podres jornalistas que ajudam a criar a nossa artificial civilização, por vezes sem escrúpulos, com mentiras. Como acreditar nestes rebentos da marafona?
Dos risos sinceros vistos nas imagens do discurso que encontrei no YouTube em 1993, a imagem de desespero expressa na foto do clip de Scream, música feita em 1995 já depois das acusações de abuso sexual das mesmas crianças que ele aqui dizia amar, e das insistentes afirmações de que Michael e Janet eram as mesmas pessoas, vai uma distância incrível e demostra o assassinato que foi cometido a carreira e, antes de mais nada, a ambas as pessoas. Primeiro Michael, depois Janet, com aquele infeliz episódio com Justin Timberlake. Nunca mais os vimos com tanto vigor depois daquele fabuloso clip.
Tento entender o porque crucificamos todos os ídolos que nós próprios criamos. Por que?
Aqui o fabuloso clip de Scream. A letra traduzida pode ser encontrada aqui. Clique em “Menu” para escolher outro vídeo de Michael Jackson.
Estou a assistir a uma chamada de um programa chamado “Há festa”, na RTP1, com dois de seus principais animadores e humoristas, o Fernando Mendes e o José Carlos Malato. É inevitavel perceber que o humor da RTP está a engordar. 🙂