23 Ago 2009 @ 8:56 AM 

Evolução da humanidade ocidental

O “come quem quer”, “fuma quem quer”, etc. é o argumento utilizado pela indústria alimentar e do tabaco na hora em que são condenados a pagar indemnizações aqueles que sofreram as consequências do processo de massificação de mal hábitos patrocinado pela indústria ocidental. E perdem nas cortes ao utilizar este argumento.

A separação entre os fortes que resistem a pressão mediática e social e os fracos que engordam e morrem das consequências provenientes da massificação de lixo consumista, é um argumento que tem por base a eugenia. Está provado nas cortes e na História.

Fala-se aqui em questões básicas muito sérias do processo de desenvolvimento social pelo qual o mundo ocidental católico (aquele que se habituou a comer carne de porco, lixo para os judeus e muçulmanos) passa neste momento em que se revê todas as consequências da Revolução Industrial, da crise financeira e económica causadas pela massificação industrial que levou a crise de 1929 e a de 2008/2009, aos processos “fast rich” que trazem dinheiro para alguns e sofrimento para milhões.

Em minha opinião todo este processo está errado e tem que ser modificado. Todo o processo de diminuição do custo de produção visando a maximização do lucro, em detrimento da qualidade de vida das pessoas tem que ser modificado. E na indústria alimentar isto se apresenta de forma particularmente cruel, porque atinge diretamente a qualidade de vida das pessoas e, sobretudo, a saúde!

É triste ver um mundo ocidental que cada vez consome mais lixo, e isto se vê na dimensão de seus corpos, enquanto na maioria do mundo morre-se de fome. O alimento consumido por aquela senhora da foto dava para alimentar de forma equitativa pelo menos mais 4 pessoas. Se por cada gordo, sinal efetivo de produção e consumo excessivos, houvesse uma maneira de dividir este alimento em partes iguais, não haveriam nem os gordos nem os que morrem a fome.

Mas que isto fosse feito sem o paternalismo de um estado totalitário. Que fosse feito por mera solidariedade. O problema é que a solidariedade não gera lucro. Portanto é melhor engordar os daqui, dando-lhes muito mais alimento do que precisam, desde que eles tenham dinheiro para pagá-lo, do que utilizar este excedente para alimentar a quem realmente precisa. É como a indústria do dinheiro: só emprestam para quem o tem.

Sinto-me mal, muito mal, quando vejo um manifestante qualquer no mundo ocidental a destruir alimento pelo fato dele não proporcionar o lucro que esperava. Porra! E os que estão a morrer a fome?

Que se canalize as calorias que excedem nos maioritariamente gordos ocidentais para os maioritariamente desnutridos do resto do mundo. Tenho a certeza que todos ficariam mais felizes. Menos os “louros de olhos azuis engravatados” a quem o Lula responsabilizou esta última crise que passamos. Mais uma vez uma crise de excedente industrial. Só que desta vez proveniente da indústria do dinheiro.

É fácil de ver, não é?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 23 Ago 2009 @ 09:31 AM

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