11 Mai 2009 @ 5:42 PM 

¿Aquellos que han espíritu de cerdo, son los que han muerto de gripe porcina?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 13 Mai 2009 @ 09:02 AM

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Categories: Piada
 11 Mai 2009 @ 9:04 AM 

Já faz alguns aninhos, um benfiquista amigo meu questionou-me, entre umas quantas imperiais, mais ou menos assim: vens lá do Brasil, moras na região de Lisboa, por que escolheste um time de tão longe pra torcer já que nem podes ir ao estádio ver as partidas?!

A resposta foi imediata: estou aqui desde o início de 1988. Lá, um ano antes quando já me decidira partir, fiquei evidentemente atendo ao que se passava nas terras de Vitorino Magalhães Godinho.

A História eu já conhecia. Sobre a vida cotidiana perguntei aos muitos amigos portugueses, nomeadamente donos de livrarias no Rio (como o seu Estrela e a Fátima, quem me “apresentou” a Florbela Espanca) e em Curitiba (um deles disse-me, e com razão, que se me acostumasse com a vida em Portugal, jamais quereria voltar para o Brasil).

Mas para uma coisa tão pessoal e apaixonante como um clube de futebol, não havia como perguntar aos amigos. Seria mais ou menos como se me casasse com alguém por causa de uma sugestão de um amigo. Daí o que fiz? Como ainda não existia a Internet como hoje, fui para a TV assistir a tudo o que por lá passava do esporte bretão nas terras de António Sérgio.

Até que um dia vi um jogo grande. Daqueles mesmo grandes, onde se disputava um título que o Brasil não podia nem dar opinião. De um lado estava o todo poderoso Bayern de Munique que anos antes eu vira derrotar o Cruzeiro na taça Mundial Interclubes, quando aquela ainda se jogava a duas mãos, uma em cada um dos países. Do outro lado estava um clube que eu não conhecia (apesar do Otto Glória, por ser casado com uma das melhores amigas de minha mãe, fosse frequentador de minha casa em Copacabana), mas que me chamou a atenção por dois motivos: 1) era português; 2) no segundo tempo entrou um jogador brasileiro que eu gostava muito de ver jogar, ainda dos tempos do Santos, e que, de uma forma bastante clara, representava o Brasil naquela final. Chamava-se Juary, um negrinho franzino de trato fácil com a pelota, que no alto de seus 1,68 m mais me parecia um anão frente aos gigantes alemães o que, por si só, garantia a empatia imediata

Estava satisfeito com o 1 x 0 para o Bayern da primeira etapa. Para o que procurava do “Alematlântico”, um time português para torcer, servia. Já até havia lhe decorado as cores da camisa.

Mas junto com Juary veio aquela segunda parte. Admirei dois outros jogadores os quais simplesmente não entendia o nome: um tal de Paulo “não sei o que” (que em Portugal descobri-o Futre) e o Madjer. O gol do Juary me deixou radiante, cheguei mesmo a sorrir. Mas aquele momento mágico dos quais o futebol é feito, e que ficou para a História como o lendário calcanhar do Madjer, me fizeram perder as dúvidas e… me apaixonar. Amor a primeira partida.

Se já ouvira falar do Benfica? Sim, claro, como não? Se gostava do Benfica? Claro que não. Não era lá que jogava aquele gajo que marcara dois gols ao Brasil em 66, naquele jogo em que também compreendi como o mais violento a que já assisti até hoje? Com meus olhos infantis, de onde correram lágrimas, vi aquele time de camisas vermelhas e calções brancos, tal e qual guerreiros a pilhar-nos o templo sagrado, a dar com a própria “Coluna” no deus Pelé.

Quando aqui cheguei, aquele outro time de camisas vermelhas e calções brancos onde alinhara o tal gajo, tinham até uma estátua em sua homenagem a frente do estádio, foi imediatamente escolhido como o rival, antes mesmo de escolher a paixão.

No outro lado da Avenida Norton de Matos, estava um clube que pouco me dizia, embora hoje, confesse, tem o único estádio onde fui assistir ao vivo a partidas de futebol em Portugal (tenho uma “filha” lagarta, fazer o que?). Na mesma Lisboa, e para além de um outro clube que muito me lembrava outro rival o Fluminense, pelas cores, pelo Duílio e pelo uniforme, havia um clube de azul, que imediatamente me agradou, por lá jogar um tal Dudu que pouco tempo antes viera do meu clube brasileiro de coração, o Vasco da Gama. Mas faltava naquele azul, umas listas brancas para ser aquele que me encantara.

Até que o re-encontrei. Já não tinham o Juary, mas estava o Madjer. Por lá deixei ficar o meu coração. E nestes últimos 21 anos que por aqui estou, tive pelo menos 14 ótimas razões para não me arrepender.

Podemos chamar isto de desígnio pré-concebido? Não acredito. Acredito mesmo é naquela divisão que quantifica o sucesso como 99% de trabalho e 1% de inspiração.

Vida longa ao Futebol Clube do Porto!

PS: Com todo o respeito pelo magnífico jogador de futebol que foi Eusébio e por sua admirável pessoa.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 13 Mai 2009 @ 09:05 AM

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Categories: Pensando alto

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