04 Jul 2009 @ 11:06 AM 

Nos ensinam. Todos os dias, por todos os meios, sobretudo na TV. Mas nos ensinam. Fazem-nos crer que a melhor solução para todas as situações é sermos hipócritas, artificiais, irreais, imaginários.

Um dia, para voltar a ser felizes, teremos que retornar a barbárie onde, quando queríamos uma coisa que não tivéssemos, manifestaríamos nosso desejo com espontaneidade, e faríamos o que estivesse ao nosso alcance para satisfaze-lo. Caso não estivesse ao nosso alcance, desenvolveríamos um método para conseguir atingir nosso objetivo. A este método, verificado, chamamos Ciência, difundido, chamamos Cultura. Isto é uma lei da Natureza e ocorre em todas as espécies animais.

Quiséssemos nos alimentar e transformaríamos a natureza de forma a tirar o melhor proveito disso para este fim. Mas sem destruí-la ou nos apropriarmos dela, para que ela continuasse a dar seus frutos incólume e disso tiraríamos partido no futuro, todos nós.

Quiséssemos demonstrar carinho e afagaríamos os cabelos de uma criança, sem temermos que estivéssemos a ser observados, o que nos podeira custar uma acusação de pedofilia pelos inimigos.

Quiséssemos amar uma pessoa e diríamos isto francamente, envergonhados talvez, mas nunca temerosos de sermos processados por assédio sexual.

Quiséssemos dar a nossa opinião e a daríamos com paixão, sem temer os argumentos contrários como se estes colocassem em causa a nossa integridade, sanidade, cultura ou inteligência.

Quiséssemos trabalhar para obtermos a nossa vida e o faríamos com prazer, sem verificar a todo o minuto que o maior benefício que proporcionamos com nosso trabalho não é para nossa família, mas para a família daqueles que a única coisa que tem a mais que nós é dinheiro. Isto explode em nossos olhos pelo brilho dos bens iconográficos, aos quais somente alguns tem acesso, e que são obrigatoriamente utilizados por aqueles que precisam demonstrar o seu sucesso financeiro. Sabedores que a obtenção deste sucesso demostrado nas joias, quase sempre é feito de forma irregular, ilegal ou recorrendo a batota e a exploração, faz-nos mesmo muito infelizes.

Quiséssemos sermos nós próprios e o faríamos com orgulho, sem tentarmos nos transformar num ícone de aparência pré estabelecida criada por padrões discutíveis.

Mas não. Nos ensinam, todos os dias, na TV, nos jornais, nas escolas, nos blogues, nas conversas com as pessoas, nas declarações daqueles que deveriam estar a defender os nossos interesses, que mais vale a vitória de um argumento, do que a prevalência de uma boa ideia. Vejo-os a utilizar a palavra, mesmo que baseados em falsidades ideológicas ou fatuais, ou falcatruas, somente para vencer o que deveria ser um debate. Como se nossa sobrevivência se perpetuasse com palavras.

Há aqueles que trabalham, é certo. Há aqueles que dedicam seu tempo a consolidar e a desenvolver o nosso conhecimento, afim de transforma-lo em benefícios práticos para todos nós. Há, tenho certeza que há, e não se trata de nenhuma miragem ou esperança. Só que estes, por não aparecerem na TV, ou noutros sítios, em posição de destaque, fazem-nos sentir que afinal realmente não existem, não passam de objetos de nossa ingenua imaginação.

Actualização: Querem um exemplo de ação contra algumas das coisas que aqui apontei, descoberto depois que escrevi isto aqui. Aconselho vivamente a visualização e promoçãpo do vídeo que lá se encontra.: http://www.earth-condominium.com/

Posted By: Edgard Costa
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 02 Jul 2009 @ 10:09 AM 

A tecnologia, e seu desenvolvimento, é mesmo um dos aspectos mais fascinantes do desenvolvimento da humanidade. Mas por vezes as coisas correm mal, dão para o torto, como se diz. Neste caso, em que o fato espacial Jaked da nadadora italiana Flavia Zoccari descosturou-se, a coisa deu mesmo pro redondo!

Flavia Zoccari

Fotos do Corrieri dello Sport.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 02 Jul 2009 @ 10:10 AM

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Categories: Nada
 01 Jul 2009 @ 10:13 PM 

Para quem gosta de boa música esta será uma excelente oportunidade para ter prazer. Eliane Elias tocará, e cantará, no próximo dia 14 em Cascais dentro do evento Cool Jazz Fest. Bossa nova da melhor qualidade.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 01 Jul 2009 @ 10:13 PM

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Categories: Pensando alto
 01 Jul 2009 @ 5:02 PM 
National Geographic

National Geographic

Para assunto de capa da edição portuguesa da National Geographic deste mês de Julho, a edição número 100, foi escolhido Afonso Henriques. A reportagem leva o título de Factos e mitos 900 anos depois.

A foto da capa reproduz um “pormenor da genealogia de Afonso Henriques de acordo com o iluminador Simon Bennig. A iluminura data de 1500 a 1520 e foi elaborada para o infante D. Fernando.”

Esta reportagem se me apresenta como uma confirmação a tese que defendo, de que Portugal tem este desenho peculiar devido a ter se formado como uma imensa fortificação, pontilhada de postos de comando por todo o interior, visíveis uns aos outros, e enquadrando-se numa perspectiva mais vasta com todo o movimento das Cruzadas. Como lá está escrito: “Nenhum historiador que estude o século XII desliga o processo da reconquista cristã do quadro mais vasto das Cruzadas.”

Fiz questão de destacar esta excelente reportagem por se tratar de um documento importante para que se compreenda a origem cristã e bélica deste gigantesco pequeno país.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 01 Jul 2009 @ 05:20 PM

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 30 Jun 2009 @ 3:49 PM 

As coisas:

1. Se as notícias que se tem são de 0 ocorrências, a primeira notícia de uma ocorrência é uma subida de 100%. A segunda notícia, ocorrida dias depois, então, e em relação a primeira, é de um aumento repentino para 200%. Falo isto pensando que se não se tinha notícias de avião caindo nos oceanos, ouvir a segunda notícia em poucos dias, em quedas causadas pelo mau tempo, me fazem crer que o tempo está mais mau do que nunca. Cairão mais? Aguardemos…

2. Se a falta de condições de segurança é condição para uma obrigatória batalha entre torcidas rivais, será somente as condições de segurança que fazem com que as batalhas não aconteçam? Onde estamos? São ainda as extintas muralhas os únicos artifícios para nos manter em segurança? Somos bárbaros, selvagens que precisam ser controlados por forças policiais para não entrar em conflito? Onde estamos?! Século XXI ?! Não me parece.

3.  Ontem, ao assistir ao jogo da final do campeonato europeu de seleções de futebol sub-21, notei que a maioria dos jogadores ingleses eram negros e que a maioria dos alemães eram de cabelos e olhos escuros, sendo mesmo um deles negro. Estará a se operar na Europa uma já visível mutação racial? Em minha opinião isto é mesmo inevitável, com a queda da natalidade europeia e subida das economias, apesar destas crises. Mais e mais pessoas de outras origens tem que ser absorvidas para cumprir a necessidade de mão-de-obra que garanta o crescimento económico. Isto está a transformar a face do europeu. Só falta agora ver um negro na seleção da Argentina.

A Fábula

Era uma vez, um rico distraído. Um dia resolveu guardar umas moedas de ouro dentro de uma bolsa e ir passear. Depois de algumas horas de passeio, entrou num sítio onde estava escrito em letras gigantescas: “Misericórdia. Tudo aqui dentro deste espaço é teu, infeliz miserável que o destino condenou a pobreza. Pode ter o que quiser, desde que nos peça. Se lhe for apropriado, lhe será dado”, e colocou a sua bolsa no chão, sem dar atenção ao que estava escrito, não fosse ele um rico distraído. Foi refrescar-se na fonte de água ali perto, mas onde não poderia ver a bolsa.

Um destes pobres que sempre iam aquele local buscar uma dádiva, carregava todos os seus pertences numa das mãos. Viu a aquilo e pensou que era exatamente o que precisava. Pegou a bolsa, colocou lá dentro os seus poucos pertences, sem ver as moedas, e partiu sem dar notícia. Pensava que não teria feito mal a ninguém, já que aquela dádiva, a bolsa, era mesmo tudo o que precisava.

O rico distraído quando voltou ao sítio onde tinha deixado a bolsa, gritou com todos os seus pulmões:

– Fui roubado! Fui roubado!.

Um dos misericordiosos, ao ouvir os seus gritos perguntou:

– O que houve, senhor rico distraído?
– Deixei aqui uma bolsa com umas moedas de ouro dentro e alguém as levou! Fui roubado! Fui roubado!
– Mas aqui é um sítio onde as pessoas que tem alguma sobra, depositam suas coisas para que outras, mais necessitadas, possam vir buscar. Se o senhor aqui deixou uma bolsa, um outro pode a ter levado, mas isso não é roubou. Está ali escrito que podem levar tudo o que está aqui.
– Escrito… onde?!… Misericórdia?!
– Sim, o senhor foi misericordioso. Fez hoje um pobre muito feliz.

E todos riram muito e viveram felizes para sempre, menos o senhor rico distraído.

Gostaram da fábula? Sim? Pois é, não foi bem assim, mas vi isto acontecer hoje de manhã. Não havia lá ouro dentro da bolsa, mas houvesse, o pobre estaria um pouco mais feliz agora. Jogou o material de trabalho do técnico da Vodafone fora, mas a bolsa lhe serviu as mil maravilhas. Tão felizes são as pessoas misericordiosas.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 30 Jun 2009 @ 05:10 PM

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 27 Jun 2009 @ 7:26 PM 

For having dedicated all your life to my entertainment, you have my life. (Por ter dedicado toda a sua vida para o meu entretenimento, você tem a minha vida.)

Thank you, bye.

Thank you, bye.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 27 Jun 2009 @ 09:15 PM

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 27 Jun 2009 @ 11:54 AM 

Ambiente de trabalho

Ambiente de trabalho

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 27 Jun 2009 @ 11:54 AM

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 26 Jun 2009 @ 4:40 PM 

Revendo todos os clips dele, que estão a passar exaustivamente na MTV, pensei numa coisa. Vidinha de merda este gajo teve. Condenado a prisão perpétua a nascença aprendeu desde pequeno, em casa, que tinha que viver para entreter as pessoas.

Nunca foi a escola talvez para que não soubesse que tinha alternativas, como o Truman Burbank não poderia sair de sua redoma. Desta forma resolveu dedicar a nossa diversão todos os momentos de sua vida. Perdeu a infância pra que nós nos divertíssemos. Descobriu a sexualidade em público, esdruxula como não poderia deixar de ser, para que nos divertíssemos. Casou e teve filhos só para que não o chamassem de pedófilo ou viado, o que não era nada divertido para ele, apesar de parecer muito engraçado para alguns.

Mostrou-nos por diversas vezes, mesmo quando não quis, não fossemos buscá-lo em casa de mãos algemadas para mostra-lo ridiculamente velho, derrotado na tentativa vã de vencer o tempo, mostrou-nos a velhice precoce de quem com os mesmos 50 anos que eu, viveu pelo menos mais 10 vezes do que tive a oportunidade de viver.

Um entertainer, até na hora da morte, muito isto ainda renderá e causará intensamente aquilo o que toda a arte quer provocar: sentimentos e sensações.

Toda a sua vida é uma imensa obra de arte pequena, que tem o único objetivo de divertir, como o futebol ou as antigas execuções em praças públicas (lembrando-me daquelas feitas pelo Sadam Housem nos mesmos objetivos do esporte).

Um show em que o entertainer é morto a cada olhar, a cada pensamento, a cada manifestação de interesse pela vida, pelo rosto, pelo corpo, pelo dinheiro. A cada exemplar vendido da obra, a cada fila, a cada ponto de audiência que damos aqueles que falam, mostram, emitem qualquer som ou imagem. A cada grito, aplauso, afirmação, sorriso. A cada fotografia, a cada lágrima. A cada um que se agrega a legião de fãs… pelos entretidos que não fazemos mais que contribuir para a sua morte. Primeiramente do mito, depois do homem.

Só nos esquecemos, sempre esquecemos disto, é que ambos são nossos próprios filhos.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 26 Jun 2009 @ 04:56 PM

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 26 Jun 2009 @ 11:27 AM 

Gravitam em torno de um astro diversos corpos, em alguns casos milhões deles. Uns num sentido outros noutro. O choque dos corpos que gravitam em sentidos opostos sempre acaba por determinar a prevalência de um conjunto deles que, como os anéis de Saturno, acabam por serem destinados a circular todos num mesmo sentido, lado a lado, até por fim também desapareçam.

Quanto mais forte for a explosão da estrela, maior a quantidade de corpos que gravitam, maior o antagonismo entre eles, maior a quantidade de corpos que terão que desaparecer em ambos os lados para que alguma coisa prevaleça.

Esta é uma lei da Natureza que se aplica a quase tudo, dos astros no Universo aos astros em nosso planeta. Dos átomos aos nossos pensamentos.

Em torno do Michel Jackson orbitam dois tipos de corpos: os que obtém algum benefício com os seus sucessos e os que os obtém de seus fracassos. Não tivesse sido ele um ser humano, igual a todos nós que, dialeticamente, é composto de ambos, sucessos e fracassos. Só que muito mais conhecido, o que lhe garante que tanto os sucessos quanto os fracassos sejam potencializados a escalas inimagináveis a um outro mortal qualquer.

O número de fãs de um ídolo qualquer é gerador de um número proporcional daqueles que o odeiam. É importante somente notar que as palavras de ódio são sempre muito mais fortes e determinantes do que as de amor.

E o mundo do entretenimento é mesmo muito cruel. Se uma pessoa dedica toda a sua vida a entreter, correrá sempre o risco de terminá-la como vilão, acusado pelos que o odeiam até mesmo daquilo a que a nossa Justiça não o acusou, ou não se entretecem as pessoas mais com a miséria do que com a fortuna.

Um famoso carnavalesco do Rio de Janeiro, Joãozinho Trinta um génio de sua espécie, dizia uma coisa muito interessante justificando as verbas astronómicas gastas no carnaval: -”O que entretêm aos pobres é o luxo e não a pobreza, isso eles veem todos os dias. Quem se entretêm com com a pobreza humana é o intelectual e não o povo, que é pobre.”

“Pop” vem de popular, do povo, dos pobres. O que tentou ser Michel Jackson durante toda a sua vida? Aquilo a que todos indivíduos de todos os povos do mundo queriam ser: um nascido pobre que se torna muito bem sucedido. Isto ele conseguiu fazer melhor do que qualquer outro. Vendeu mais de seus produtos do que ninguém, porque a sua mensagem encontrou ecos nas almas de milhões de pessoas no mundo. Que, pelo menos por alguns momentos, divertiram-se com sua dança, sua música, com suas contradições, condição humana.

Duas coisas importantes percebi esta noite: 1) o disco que mais vendeu até hoje, o Thriller, não chegou a vender nem o equivalente 0,02% da população mundial. Considerando que a maior parte desta população nem acesso a luz elétrica tem, isto mostra de forma cruel que os amantes da música erudita são mesmo uma minoria esmagadora; 2) Os ícones de minha juventude, musicais (Michel Jackson) ou sexuais (Farah Fawcett, para que não haja confusões), estão a ir embora já no mesmo dia. Estou em vias de extinsão.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 26 Jun 2009 @ 11:28 AM

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Categories: Pensando alto
 25 Jun 2009 @ 10:56 PM 

Parece que é verdade. Ainda carece de maiores confirmações, mas anuncia-se que morreu um dos ídolos da minha juventude, Michael Jackson. A esta hora já se confirma.

Tem, ou Tinha, menos que um ano a mais que eu, e não tenho vergonha de dizê-lo, foi um dos maiores ídolos que tive até compreende-lo destruído pela minha, e a de milhões de outros, admiração. Por que sempre acabamos por matar os nossos ídolos?

Hoje foi um dia cheio disto: Primeiro um dos tesões de minha vida, Farrah Fawcett morreu. Depois um grande ídolo. E eu que até acordei de bom humor hoje.

Like A Comet
Blazing ‘Cross The Evening Sky
Gone Too Soon

Like A Rainbow
Fading In The Twinkling Of An Eye
Gone Too Soon

Shiny And Sparkly
And Splendidly Bright
Here One Day
Gone One Night

Like The Loss Of Sunlight
On A Cloudy Afternoon
Gone Too Soon

Like A Castle
Built Upon A Sandy Beach
Gone Too Soon

Like A Perfect Flower
That Is Just Beyond Your Reach
Gone Too Soon

Born To Amuse, To Inspire, To Delight
Here One Day
Gone One Night

Like A Sunset
Dying With The Rising Of The Moon
Gone Too Soon

Gone Too Soon

Michael Jackson

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 26 Jun 2009 @ 01:30 AM

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