23 Jul 2010 @ 1:40 PM 

Uma das coisas mais maravilhosas que fizemos com a nossa civilização foi possibilitar aos nossos velhos que continuem em plena atividade ensinando, julgando, legislando, fazendo arte enfim.

Livra-mo-nos assim do destino dos velhos enquanto animais de outras espécies que, normalmente, são caçados e comidos pelos jovens predadores de outras espécies. Ainda bem que não nasci gnu!

Idade destes senhores hoje:

Jon Anderson = 65

Steve Howe = 63

Chris Square = 62

Rick Wakeman = 61

Alan White = 61

Esta musica foi feita e gravada originalmente em 1971, para o álbum Fragile. Este clip foi retirado do DVD da apresentação do grupo no Festival de Jazz de Montreux, numa exceção aberta a este fabuloso grupo que em 2003, data desta apresentação, comemorava 35 anos de carreira. Imagina se algum deles já tivesse sido devorado por um leão!


O Egberto já vai também nos 63.


O BB King já vai nos 85 e o Stevie Wonder nos 60

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 24 Jul 2010 @ 02:32 AM

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 21 Jul 2010 @ 5:31 PM 

Tive ontem o raro prazer de ter sido convidado por um dos melhores chefes de cozinha de Portugal, para um jantar temático que acontecerá hoje em seu recém aberto restaurante, chamado Assinatura. Ta bem, ta bem, não foi à toa nem por causa dos meus escritos aqui no blogue, mas porque o ajudo em seu site e dou umas ideias na utilização do Facebook  deles como uma ferramenta de marketing.

Mas de qualquer maneira é um prazer enorme ser convidado pelo chefe para jantar. E, principalmente, quando será servido o tipo de comida que eu mais admiro, frutos do mar. Será um jantar temático chamado de Cascas e Pinças, numa clara referência aos crustáceos de que tanto adoro.

Vou sozinho, é pena, uma vez que a esposa está no Brasil. Mas também o único defeito que ela tem é não gostar de frutos do mar, pelo que, não ia mesmo gostar muito daquilo.

Estou ansioso por que chegue a hora de ir para Lisboa. Pelo que já pude experimentar, no dia da ante-estreia do restaurante, sei que vou viver, pelo menos, uns sete momentos de raro prazer.

A ementa:

Jantar

O Restaurante Assinatura:

Facebook

Site

PS: Bem… só posso dizer que foi fantástico! Muito interessante o conceito do menu degustação. Foram sete pequenos pratos no caso, como era um evento temático, todos de frutos do mar.

Antes do que está escrito na carta houve um agrado do chefe, chamado de peixe da horta. Isso mesmo. Delícia e sabia, e consistia, a lula, mas não tinha nada além de coisas da horta.

O pastel de de sapateira foi o que menos me surpreendeu (atenção, menos não quer dizer que não tenha surpreendido!), mas estava bom.

A sopa seca (!) de uma simplicidade desconcertante, deliciosamente simples.

A vieira, surpreende e levemente salteada, num molho (esteve a me explicar o sub-chefe) que é uma redução do cozimento dos mexilhões que, junto com estes, esteve entre as melhores coisas se já comi em minha vida, 51 anos depois de comer a primeira papinha.

A cavala simplesmente ótima, num molho de tomates com os berbigões da melhor qualidade.

Camarão com manga e côco, só tinha comido na Bahia, mas numa abordagem completamente diferente. Delicioso o camarão, embora eu discordasse do sabor. Isso mesmo, estava bom mas diferia daquilo que eu esperava, mais uma vez surpreendente, mas eu esperava-o com outro sabor. Isto acontece comigo muitas vezes em Espanha, do sabor não corresponder com a aparência… deve ser alguma pancada minha! 🙂

Lavagante, perfeitamente preparado e muito saboroso.

Tudo regado a um Três Bagos (http://www.lavradoresdefeitoria.pt/) 2009, muito bom e versátil, assumindo sabores diferentes conforme variava os pratos, auxiliando de forma marcante ao prazer na degustação.

Mas o “grand finale” foi mesmo o mais surpreendente: ostras na sobremesa!?!? Delicioso, soberbo e magnífico! Com um gelado delicioso que combinava perfeitamente. Adoro este tipo de contradição e foi realmente uma experiência deliciosa.

Obrigado chefe Henrique Mouro, pelo convite e pelas quase duas horas de absoluto prazer e obrigado ao pessoal que me atendeu de forma profissional e simpática.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 22 Jul 2010 @ 08:48 AM

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Categories: Pensando alto
 04 Jul 2010 @ 2:29 PM 

Karl PopperQuanto mais aprendemos sobre o mundo, quanto mais profundo o nosso conhecimento, mais específico, consistente e articulado será o nosso conhecimento do que ignoramos – o conhecimento da nossa ignorância.

Essa, com efeito, é a principal fonte da nossa ignorância: o facto de que o nosso conhecimento só pode ser finito, mas a nossa ignorância deve necessariamente ser infinita. (…) Vale a pena lembrar que, embora haja uma vasta diferença entre nós no que diz respeito aos fragmentos que conhecemos, somos todos iguais no infinito da nossa ignorância.

Karl Popper, in ‘As Origens do Conhecimento e da Ignorância’ (retirado do Citador)

Posted By: Edgard Costa
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 04 Jul 2010 @ 2:08 PM 

Nao ver, falar ou ouvir porque se querAntes de mais é preciso definir o sentido da palavra ignorância que servirá de caminho a esta pequena investigação. A partida só há um sentido etimológico claro que significa não ter gnoma, ou não ter o conhecimento da formulação clara de um pensamento. Neste sentido todos somos ignorantes de algo, pois não há ninguém que saiba tudo, por ser impossível. Mesmo o mais sábio dos sábios, aquele que leu todos os livros de todas as bibliotecas e quem falou com o maior número de pessoas possível no planeta, não sabe o sexo da criança que acaba de nascer neste preciso instante. Nem seu nome, nem onde ocorreu este nascimento, etc. Portanto é impossível tudo saber e este já é um princípio definitivo.

Bem como é impossível nada saber para um ser vivo. Esta já não é uma afirmação tão pacífica de ser feita, mas parto do princípio de que também é verdadeira. Presumindo que todo o ser vivo tem no mínimo a ciência de si próprio e do meio que o cerca, não me é difícil imaginar isto. Uma planta, por exemplo, “sabe” onde está o Sol que persegue para proporcionar-lhe a fotossíntese. A célula de um procarionte “sabe” o que tem que ser feito para se manter viva e se reproduzir. E o “saber” aqui não é colocado no sentido de ter consciência, mas sim o de ter ciência do que é preciso ser feito para atingir a um objetivo, nem que ele seja tão somente o de ser, estar e permanecer vivo, enquanto indivíduo ou espécie. Mas, de forma geral, não pretendo ir tão longe, mantendo a discussão sobre o que é, ou não, ignorância para o ser humano.

Se aceitarmos a definição académica de ignorância como a falta de saber, conhecimento e/ou ciência, é preciso, antes de avaliar o que ela é, determinar o que é preciso saber ou o que há para ser sabido. Porque sou da opinião que só se carateriza como ignorante aquele que não conhece alguma coisa dentro da qual precisa operar, aquele que desconhece o que é preciso saber. Não vejo como ignorante aquele que não detêm um conhecimento que não é pertinente à ação diante a sua própria vida.

Desta forma não posso dizer que é ignorante o agricultor de hoje que não saiba o nome o mais famoso rei dos Hunos, mas que saiba tudo sobre a sua cultura agrícola. Da mesma forma não posso classificar como ignorante um chefe de uma família residente numa remota aldeia do Tibete, ou um índio nunca contactado na floresta amazónica, que não saiba exatamente para que serve aquelas máquinas que sempre vê passar a voar sobre sua cabeça, a qual chamamos de avião, uma vez que dela nunca nenhum de seus antepassados precisou fazer uso, e não se imagina que vá precisar de alguma nos próximos milhares de anos, que é o tempo que a sua família ocupa aquela região, a continuar a viver da mesma forma. O que importa saber o que é um avião, mesmo que o veja todos os dias, se dele não se faz uso?

Portanto, para efeito deste estudo, a ignorância se articula em função de um conjunto de conhecimento definido e no qual o interveniente avaliado em função de seu conhecimento, deveria estar inteirado. Portanto ignorante é aquele que absolutamente não sabe o que deveria saber. Os que agem como se não soubessem não são ignorantes, são outra coisa.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 04 Jul 2010 @ 07:17 PM

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 03 Jul 2010 @ 6:03 PM 

Mick JaggerTem duas coisas que um brasileiro torce igualmente numa copa do mundo:

1. Que o Brasil ganhe
2. Que a Argentina perca

Sinto-me bem, feliz de minha vida, apesar do dia de ontem. Até as plantas daqui de casa estão mais sorridentes hoje. Foi delicioso. Pena é que aconteceram os dois juntos. Ela, a copa, acabou na mesma… 🙂

E uma coisa eu notei: presumindo que um inglês não torce para um alemão de forma alguma e pelo resultado, acredito que hoje o Mick Jagger torcia para a Argentina!

Posted By: Edgard Costa
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Categories: Piada
 02 Jul 2010 @ 5:31 PM 

Felipe Melo mais uma vez sendo expulsoInfelizmente esta não é a primeira vez que vejo este imbecil fazer o que fez: um gol contra, uma falha de marcação no segundo gol e depois ser expulso. Já o vi fazer exatamente as mesmas coisas tanto na seleção brasileira quando na Juventus.

A juntar com o passe para o gol do Brasil e o fato de ter sido o primeiro gol contra que o Brasil fez em todas as copas do mundo em que participou, ou seja todas as copas, esse cretino é sem dúvida o “homem” do jogo.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 02 Jul 2010 @ 05:37 PM

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Categories: Opinião
 02 Jul 2010 @ 6:10 AM 

Simio que ignoras,É interessante notar que as histórias normalmente contam a evolução de alguém ou de alguma coisa. Hoje estive a pensar em estudar e escrever a História da Ignorância. Percebi que, neste caso, deveria contar a história de uma regressão.

Acredito que ao longo da História, temos acumulado conhecimento necessário para não permitir que grandes erros cometidos no passado, devido a ignorância, voltem a acontecer.

São inúmeros os exemplos que poderia utilizar, como da super-produção que levou à 1929, ou à ganância colonial que levou às duas grandes guerras mundiais, ou a estupidez de se inundar o mercado com moedas de ouro acreditando que com isto tornar-se-iam mais ricos, mas conseguindo tão somente a desvalorização da moeda, etc., etc., etc., e isto para falar de uma História recente. Se quisermos ir mais longe no tempo, poderíamos verificar a imagem que Aristóteles fazia da vida, hoje largamente ultrapassada, embora sua abordagem ainda sirva de método. Ou ainda as explicações fabulosas da natureza humana espelhada nos deuses do Monte Olimpo, mitologia que dá nome a grande parte de nosso imaginário.

Na medida em que nossa cultura avança, retrocede a nossa ignorância. E é a História deste retrocesso que gostaria de estudar. E principalmente estudar a resistência a absorção de cultura e a luta desesperada de algumas civilizações em manter o controle do conhecimento popular, afim de fazer prevalecer as suas crenças dogmáticas que sustentam o poder. Gostaria de estudar a abrangência do conhecimento e as formas de disseminação, particularmente o evento da Internet como meio difusor de cultura a escala planetária.

Acredito que será algo de interessante e aliciante de se estudar. E vou começar mesmo agora. Acabo de perceber, pelo som dos primeiros pássaros e pelos acanhados e sonolentos raios solares, que eu ignorava completamente que horas são! Acabo de descobrir que não dormi esta noite. Preciso descansar.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 02 Jul 2010 @ 06:24 AM

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 02 Jul 2010 @ 5:00 AM 

HistoriaNós, os humanos, somos uma espécie realmente única e especial. E o que nos distingue das outras espécies é a nossa História!

Mas tenham calma aqueles que pensam que estou a dizer que a evolução de nossa História, ou a História de nossa evolução, é diferente da de outra espécie. Não! O que nos distingue é a nossa capacidade de contar a nossa História. É exatamente a consciência que temos de nós próprios e de nosso papel na vida. Somos nós a única espécie capaz de distinguir e relacionar as espécies e compreender dai o papel da Natureza, a quem por vezes chamamos de Deus por seu trabalho extraordinário.

E a cada passo que damos em direção a real compreensão daquilo que somos e como nos enquadramos na vida como um todo, mais nos espantamos em perceber que a Natureza é fantástica e que o tempo é a própria essência de toda a existência. Somos sim obra do “acaso” e de uma sequência finita, e por isto histórica, mas fruto de milhões, talvez biliões, de anos de evolução. Chamo de acaso porque se não fossem determinadas sequências que surgiram aleatoriamente, poderíamos não estar cá se quer para contar (eu ao escrever) a seja quem fosse (você a ler) o que penso a respeito da vida.

E é esta capacidade de comunicar a nossa percepção do que seria a vida, que nos distingue dos outros animais. Duvido, como dizem alguns cientistas, que entre todas as outras espécies sejamos os únicos a ter consciência de nós próprios. Duvido que o chimpanzé, ou o Homem de Neandertal, não a tenha. Mas sei que ele não sabe contar para a sua descendência, de forma alguma, como ele pensa que as coisas se passam com ele próprio. Sabe até ensinar às novas gerações, isto já se prova com facilidade, elementos de uma cultura própria, de grupos sociais distintos. Mas não fazem isto se utilizando de uma linguagem articulada e muito menos por escrito! E o que é a escrita da vida? A História!

E é esta a propriedade única de nosso ramo da árvore da vida. Somos capazes de sistematizar e comunicar acontecimentos passados em formas inteligíveis para as gerações futuras, sem que seja necessário o contato com elementos possuidores deste ou daquele conhecimento que caraterize a cultura. Esta pode ser passada diretamente pela arte, pela voz e pelas letras. Hoje, pela Internet multimédia, o ser humano une-se de forma definitiva num processo de transferência de cultura sem precedentes, o que nos impele a um processo civilizatório (termo que pego emprestado com Darcy Ribeiro) infinitamente mais rápido do que era possível há apenas alguns poucos anos.

E é exatamente por sabermos disso, e por sermos entre todas as espécies aquela que carrega a sabedoria do maravilhoso trabalho da Natureza na construção da vida, que nos tornamos responsáveis pela Sua preservação. Pena é que a cada dia que passa, estejamos a dar murros no estômago da vida com mais força e capacidade destrutiva maior, ainda causados, acredito eu, pelo estágio de adolescência em que nos encontramos no que diz respeito a absorção da cultura, da tal consciência de nós próprios e de nosso lugar na Natureza.

Mas a minha esperança é que este processo se acelere ainda a tempo de levar a todos esta simples mensagem: sim, somos somente uma entre milhões de espécies de vida, estamos todos ligados familiarmente descendentes que somos de LUCA (Last Universal Common Ancestor), temos consciência disso e damos notícia à posteridade de que sabemos que somos todos irmãos e, por isso sabermos, somos responsáveis pela preservação de todas as espécies.

É filosoficamente bonito, bem sei, mas quase impossível de ser feito.

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 02 Jul 2010 @ 06:05 AM

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 01 Jul 2010 @ 4:21 PM 

Amor e amizade.“Há na pura amizade um prazer a que não podem atingir os que nasceram medíocres. A amizade pode subsistir entre pessoas do mesmo sexo a diferentes, isenta mesmo de toda a materialidade. Uma mulher, entretanto, olha sempre um homem como um homem; e reciprocamente, um homem olha uma mulher como uma mulher; essa ligação não é paixão nem pura amizade: constitui uma classe a parte.

O amor nasce bruscamente, sem outra reflexão, por temperamento, ou por fraqueza: um detalhe de beleza nos fixa, nos determina. A amizade, pelo contrário, forma-se pouco a pouco, com o tempo, pela prática, por um longo convívio. Quanta inteligência, bondade, dedicação, serviços e obséquios, nos amigos, para fazer, em anos, muito menos do que faz, às vezes, num minuto, um rosto bonito e uma bela mão!”

“O tempo, que fortalece as amizades, enfraquece o amor. Enquanto o amor dura, subsiste por si, e às vezes pelo que parece dever extingui-lo: caprichos, rigores, ausência, ciúme; a amizade, pelo contrário, precisa de alento: morre por falta de cuidados, de confiança, de atenção. É mais comum ver um amor extremo que uma amizade perfeita.”

“O amor e a amizade excluem-se um ao outro. Aquele que teve a experiência de um grande amor descuida a amizade; e quem se esgotou na amizade ainda não fez nada para o amor.”

“O amor começa pelo amor, e só se passaria da mais forte amizade para um amor fraco. Nada se parece mais com uma viva amizade do que essas ligações que o interesse do nosso amor nos faz cultivar.”

Jean de La Bruyére, in “Os Caracteres”

Os Caracteres é um livro sobre a moral, escrito pelo francês La Bruyére, onde são reunidas muitas páginas de avaliação da postura do ser humano perante a vida.

Selecionei este texto porque pretendo discutir contigo sobre a amizade e a importância dela na construção do carácter das pessoas. Segundo a Wikipédia, a palavra amigo descende da expressão latina “amicus” que possivelmente se derivou de amor. Isto para dizer que andam, amizade e amor, de mãos dadas. Mas não são a mesma coisa. Ambos os sentimentos são relações afetivas. Na amizade, a princípio, não existem relações romântico-sexuais.

Dizem lá na Wikipédia: “Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.

A amizade pode ter como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam “melhores amigos”. Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação. Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão. Carl Rogers diz que a amizade “é a aceitação de cada um como realmente ele é”.”

Só corrigiria a Wikipédia quando caracteriza a amizade como um semtimento humano. Também há amizade entre outros animais. Mas pode notar que há uma correspondência na fria visão da Wikipédia com o romantismo de La Bruyére: a amizade é construída com o tempo, moldada com confiança e lealdade. Já o amor não, ele é efémero. Pode nascer tão inesperadamente quanto morre, apesar de poder criar laços de amizades imortais.

A importância da construção de amizades em nossa vida é que sempre será com nossos amigos que nos revemos, nos avaliamos verdadeiramente. Com os nossos amigos ficam guardadas as partes mais íntimas de nós e eles, os amigos, nos fazem lembrar as justificativas que tínhamos para nossas atitudes, sempre. Isto porque o amigo é também guardião de nossas vidas, das ações e das motivações.

Aos amigos não podemos, nem devemos, mentir. Senão ficam guardadas falsas lembranças e estas não são elementos de sustentação da amizade.

Como já te disse, podemos dizer e fazer tudo aquilo que quisermos, desde que tenhamos justificativa para isto. Mas poderia agora acrescentar que poderemos fazer e dizer o que quisermos, mas se nem os atos, nem as palavras, nem as lembranças, nos embaracem ao reve-las com um amigo. Nem nossos atos nem nossas palavras nos deveriam envergonhar. Se nos arrependermos de alguma coisa que fizemos ou dissemos a um amigo, é porque naquele instante não fomos verdadeiramente amigo. Não há mentira, não há pedidos de perdão, não há arrependimento nas verdadeiras amizades. Só há a verdade pois somente ela constrói amizades solidas como as montanhas.

O que posso ainda acrescentar: a amizade é cumplicidade, reconhecimento, humilde e inocente. A amizade é um serviço prestado com devoção nos momentos, sejam eles quais forem, em que o amigo precise.

Os amigos de longa data nos fazem constatar que, como tudo na vida, nós também mudamos.

(Escrito para minha enteada)

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 26 Jul 2010 @ 08:12 PM

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Categories: Opinião, Pensando alto
 01 Jul 2010 @ 4:17 PM 

Homem x Mulher

Homem esperto + Mulher esperta = Romance
Homem esperto + Mulher burra = Caso
Homem burro + Mulher esperta = Casamento
Homem burro + Mulher burra = Gravidez

Pergunta: o que você quer ser quando crescer?

Posted By: Edgard Costa
Last Edit: 01 Jul 2010 @ 05:00 PM

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Categories: Pensando alto, Piada

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